Família

Adoção e a realização do sonho de ter filhos

Procurar a Vara de Infância e Juventude de seu município é o segundo passo. O primeiro é querer adotar

Adotar uma criança não é um processo fácil. Mas quem já o fez, faria tudo de novo. É uma questão de amor. Há várias razões para se adotar uma criança, cada família tem uma história, mas este sentimento incondicional que une pais e filhos sempre terá protagonismo nos relatos.

– Torcemos para que todos realizem o sonho de se tornarem pais e que aconteça o mais breve possível, sabemos o quanto o processo é burocrático e demorado. Lemos, nos emocionamos e nos identificamos com cada história, foto e depoimento que recebemos, todas elas ajudam e temos certeza que tocam os corações de todos, seja de quem esteja amadurecendo a adoção, quem esteja no processo e para quem já esteja com seu filho ou filha em seus braços – diz Wagner Yamuto, um dos fundadores do Adoção Brasil.

Ele e a esposa, Grazy, criaram o site, em março de 2007, com a intenção de ajudar pessoas que, como eles, encontraram dificuldades para realizar o sonho de ter filhos. O Adoção Brasil reúne informações sobre o tema, esclarece dúvidas e compartilha histórias e experiências.

– Não temos ligação com qualquer órgão público ou político, não somos agência e não intermediamos adoção, seja em relação ao processo, adoção consensual, tardia, inter-racial ou internacional e muito menos a famosa “adoção à brasileira”. Não temos acesso a qualquer processo ou ao Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Infelizmente, não sabemos dizer em que etapa o processo de cada pretendente se encontra e quanto tempo levará. A maior missão do Adoção Brasil é gerar amor – explica Wagner.

O primeiro passo para quem pretende adotar, é procurar a Vara de Infância e Juventude do município onde mora. Há alguns documentos imprescindíveis para se habilitar à adoção (identidade; CPF; certidão de casamento ou nascimento; comprovante de residência; comprovante de rendimentos ou declaração equivalente; atestado ou declaração médica de sanidade física e mental; certidões cível e criminal), curso e avaliação. Com o pedido acolhido, o nome do interessado passa a constar na fila de adoção.

– O processo é demorado, desde a etapa burocrática – entregas de documentos, entrevistas com o setor técnico – até o pretendente constar na fila. A demora também se deve porque os perfis das crianças aptas à adoção, ou seja, que estão destituídas do poder familiar, não se cruzam com os perfis dos pretendentes a adoção. Isso pode ocorrer por vários fatores, como sexo, idade, problemas de saúde. Os números atuais indicam que existem mais de 35.600 pretendentes e pouco mais de 6.500 crianças liberadas para adoção. Infelizmente, não temos as estatísticas de quantas crianças foram adotadas – avalia Wagner.

Ele e Grazy são pais do Gabriel, de 7 anos, e já estão no processo de adoção do segundo filho. No vídeo a seguir, eles falam da própria experiência.

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O passo a passo para se habilitar à adoção está disponível no site do CNJ.

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