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Alimentação na gravidez

A importância de manter uma alimentação equilibrada durante a gestação 

Se a alimentação balanceada é importante para manter a saúde de qualquer pessoa, imagina para aquelas que carregam um neném na barriga. A qualidade e a quantidade de comida interferem no desenvolvimento do bebê em formação, e podem ser benéficas ou não para as gestantes.

– Uma alimentação equilibrada é um hábito recomendado para toda a vida. Durante a gestação, a responsabilidade quanto à alimentação aumenta, uma vez que implica diretamente no perfeito desenvolvimento do feto, exercendo papel determinante sobre os desfechos relacionados à mãe e ao bebê. Escolhas erradas podem, além de levar a um déficit no desenvolvimento do feto, acarretar um parto prematuro – explica a nutricionista Camila Monteiro.

Acostumada a atender mulheres grávidas no consultório, Camila lembra que uma dieta adequada durante a gestação não só contribui para que o feto receba os nutrientes necessários, como também serve para o controle de peso das futuras mamães.

– Fazer um plano alimentar adequado, oferecendo os nutrientes necessários para a boa formação e desenvolvimento do bebe, a saúde da mamãe e o controle do peso, é de extrema importância neste período. Previne uma série de ocorrências negativas, garante reservas biológicas necessárias ao parto e pós-parto, fornece substrato para o período de amamentação e controle de peso. O ganho de peso inadequado durante a gestação é fator de risco tanto para a mãe quanto para a criança, contribuindo para a elevação da prevalência de uma série de problemas. O excesso de peso pode a levar a diabetes gestacional, pressão alta, dificuldades no parto, defeito do tubo neural do bebê, além de baixo índice de Apgar (nota dada ao bebê no nascimento, quanto a sinais vitais) – afirma Camila.

Mas nem sempre é fácil se alimentar de forma adequada quando mal se consegue sentir o cheiro de comida. Sim, os enjoos podem atrapalhar bastante a dieta durante a gestação. E ter uma boa orientação nutricional ajuda a diminuir o desconforto.

– Nos primeiros meses, pode ser que a gestante tenha enjoos devido a alterações hormonais. A progesterona e a prolactina aumentam neste período, e fazem com que o esvaziamento gástrico seja mais lento, daí os enjoos, o refluxo e a azia. Para evitar enjoos, azia e picos glicêmicos, e contribuir na digestão é importante fracionar seu dia alimentar em pequenas refeições, de acordo com a necessidade individual de cada mamãe.Também deve-se ingerir bastante líquido e ter alimentação rica em fibra – orienta Camila.

– O enjoo é muito comum na gestação, podendo acontecer até com algo que você gosta muito, seja um cheiro ou uma comida. E como o enjoo normalmente ele acorre ao acordar (isso não é uma regra), a primeira refeição deve ter alimentos mais sequinhos. O enjoo pode estar ligado à falta de vitamina B6, logo, alimentos ricos nesse nutriente, como gengibre, farelo e gérmen de trigo e carnes; coisas geladas também é um ótimo aliado contra o enjoo: picolé de frutas pode ser uma boa opção se esse mas estar aparecer na rua. Evite alguns alimentos, como frituras, doces, alimentos com temperos e odores muito fortes, gordurosos, podem piorar o enjoo – recomenda a nutricionista.

Outro vilão é o “desejo” de grávida, muitas vezes por comidas exóticas ou em horários inadequados. Camila Monteiro lembra que os desejos também se devem às transformações hormonais, e podem ser um aviso do organismo de que está faltando algum nutriente.

Veja algumas recomendações da nutricionista para alimentação de gestantes:

– Alguns alimentos devem ser evitados devido a risco de aborto, como canela, linhaça e chás.

– Os alimentos crus e leite (e derivados) não pasteurizados devem ser evitados devido ao risco de contaminação.

– Bebida alcoólica, adoçantes, cafeína também não são recomendados.,

– Legumes e verduras são a base da alimentação da gestante, pois são fonte de nutrientes essenciais para a formação e desenvolvimento do bebê e para a saúde e bem-estar da mãe. Além das fibras, que auxiliam no bom funcionamento do intestino, os nutrientes presentes nestes alimentos são importantes para a formação dos glóbulos vermelhos do sangue, dos ossos e dos dentes. Varie os alimentos, assim terá mais chances de conseguir todos os nutrientes necessários.

– As frutas devem ser distribuídas durante o dia; seus nutrientes ajudam a manter o estoque de energia da gestante e têm um papel importante no bem-estar da pele e na formação de anticorpos.

– Ovos, em especial o caipira, são bons por ter entre 40% e 50% a mais das principais substâncias protetoras do cérebro e do coração. Além da proteína, importante para a construção de tecidos e músculos do bebê, o ovo traz ferro, um mineral essencial para prevenir a anemia na grávida. Além de ser uma boa fonte proteica.

– As carnes, também fonte de proteína, possuem papel fundamental na formação da placenta, pois fornece ao organismo materno nutrientes importantes, como o ácido fólico e as vitaminas do complexo B, importantes para um bom desenvolvimento do tubo neural do bebê, além de ferro e vitaminas A e D. Devemos incluir além da carne vermelha, o peixe para fornecer ômega-3, que contribui para o desenvolvimento cerebral do feto.

– As raízes e tubérculos são importantes em toda a gestação, fornecendo os nutrientes e a energia necessária para mamãe e bebê, e ajudam a diminuir os enjoos. As raízes e os tubérculos são fontes de carboidratos, extremamente necessários ao desenvolvimento do sistema nervoso do bebê.

– Água é importante não só para evitar inchaço mas também para melhorar a nutrição do bebê. Também é decisiva na amamentação.

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