Na Estante

Mais uma aventura

DPAFlávia Lins e Silva autografa novo livro e fala sobre a paixão pela literatura infantil  

Criadora da série Detetives do Prédio Azul (DPA), do canal Gloob, a escritora Flávia Lins e Silva autografa no próximo domingo, 17 de agosto, o segundo livro dos Detetives, “Os Mistérios de Mila”. O encontro com os leitores será na livraria Malasartes, no Shopping da Gávea, às 17h. Ao Quem Coruja, a autora contou um pouco sobre a arte e a paixão de escrever histórias para o público infantil. Paixão que começou cedo, já está eternizada em várias obras e foi reconhecida com prêmio (João de Barros de literatura infantil 2006).

Quem Coruja – Como e quando surgiu o interesse pela literatura infantil?
Flávia – Acho que a vontade de escrever para crianças começou quando eu tinha 18 anos e fui ser babá na Alemanha e na Itália para aprender os idiomas. Eu contava as histórias para as crianças, depois inventava outras e mais outras. Era mesmo divertido inventar. E as crianças gostavam, então não parei mais.

Quem Coruja –  O que é ver um livro adaptado para a TV?
Flávia – No caso dos Detetives do Prédio Azul, os livros nasceram depois do seriado. Escrevi 150 histórias do DPA para o canal Gloob. E quando parei de escrever o seriado, fiquei com muita saudade dos personagens e segui escrevendo sobre eles. São histórias inéditas, que não estão na TV. O primeiro livro é contado na voz do Detetive Capim. Este novo, “Os Mistérios de Mila”, é narrado na voz da Detetive Mila e já recebi vários e-mails de crianças, pedindo uma continuação dos mistérios de Mila. Vamos ver…

Quem Coruja – O que mais a inspira na hora de escrever para o público infantil?
Flávia – O gostoso de escrever para crianças é que eles têm uma imaginação muito aberta a tudo, muito lúdica. Então topam aventuras, topam viagens, topam magia. Na verdade, o adulto vai empobrecendo a imaginação e lendo muitas coisas “baseadas em fatos reais” e, com isso, vai parando de inventar. É muito gostoso brincar de criar o que ainda não existe.

Quem Coruja –  E qual a sua maior dificuldade ou o maior cuidado na hora de contar uma história para crianças?
Flávia – Há muitos cuidados a serem tomados, claro. O principal é não fazer um livro didático ou chato. Antes de tudo tem que ser muito gostoso de ler, muito prazeroso e inventivo. Não tem nada mais gostoso do que saber de um jovem leitor que ele gostou do livro. Porque crianças falam mesmo o que pensam. E em geral têm toda a razão!

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