Família Gravidez

Cuidado com o que fala

Mães dão dicas de frases e perguntas que consideram inconvenientes

Basta anunciar que está grávida para a mulher ouvir uma enxurrada de perguntas: “É menino ou menina?” ou “Está de quantos meses?”. Depois que o bebê nasce, então… haja opiniões e conselhos para as mamães: “Tem leite?”, ou “Deve estar chorando de fome”. O Quem Coruja ouviu algumas mães e fez uma lista das frases ou perguntas que podem ser bastante inconvenientes.

Janaína Horn, mãe do pequeno Arthur, de apenas 2 meses, está passando por este momento de perguntas sem fim. É claro, diz ela, que sabemos que as pessoas não falam por mal, têm até boa intenção, mas muitas vezes irritam.

– Uma mulher está sempre preocupada com o corpo, portanto, dizer que ela engordou bastante durante a gravidez ou perguntar se já recuperou o peso pouco depois do parto é um tanto desagradável – afirma.

Comentários do tipo “acabou a folga, né?”, “Nada de jantar fora por um bom tempo”, ou “O pior está por vir” também não são nada animadores para quem acaba de voltar da maternidade com um bebê nos braços e mil dúvidas e preocupações na cabeça, sem falar da bagunça hormonal de seu organismo.

Gabriela Peres Lopes, mãe de Antônio, com 7 meses, conta que o que mais a assustava e irritava na gravidez era uma pessoa desconhecida a abordar na rua e perguntar se podia tocar sua barriga:

– “Posso tocar?!” A criatura nem me conhece e quer colocar a mão na minha barriga?! Para que? – lembra.

Mas, segundo ela, depois que o bebê nasce é que as perguntas parecem não ter fim.

– Todo mundo vira expert, até mesmo quem não tem filhos, e você parece a mãe mais sem noção do mundo, incapaz de saber o que seu filho precisa. Aí vem de tudo: “O pezinho tá gelado, ele está com frio!”, “Pobrezinho, coloca um casaquinho”, “Ele está com as bochechas vermelhas, isso é febre”, “Olha esse sol, coloca o chapeuzinho” e assim por diante – conta.

“Esse choro é… fome, sono, manha” parece ser a frase campeã. Todo mundo sabe exatamente o motivo que faz a criança chorar, mas não percebe que nesta hora a mãe, com o coração apertado, pode ficar atordoada para resolver o problema e não quer ficar ouvindo que alguém sabe melhor do que ela o que está acontecendo.

O pior de tudo, de acordo com Gabriela, é quando estranhos querem pegar a criança no colo ou quando qualquer pessoa beija a mão.

– Pegar na mão e beijá-la é o fim! Criança sempre põe a mão na boca… Socorro!

Segundo Aline Polycarpo, mãe de Manoela, agora com 3 anos, a frase que toda mãe odeia ouvir é: “Tira esse bebê do colo, ela vai ficar mal acostumada”.

Já Edson Vidal de Souza Jr., pai mais do que presente de José Henrique, de quase 2 anos, implica com as receitas malucas que as pessoas sempre têm na ponta da língua para qualquer resfriado:

– Eu não suporto sugestão de remédio natural… A gente comenta que a criança está gripada e dizem que o bom é dar uma cebola crua com mel, agrião e brócolis, por exemplo. Como se alguém comesse isso!

Maria Vianna, mãe de Beatriz, de 2 anos e 7 meses, e grávida de 6 meses, está tendo que lidar com outro tipo de comentários:

– Como estou grávida de outra menina, já ouvi de muitas pessoas: “Ah, então depois dessa vai tentar o menino, né?”, ou “Que pena, aposto que você queria um casal”. As pessoas me perguntam se vou parar de trabalhar já que serão duas ou me dizem que vou precisar arrumar uma folguista.

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