Coruja Saúde

O que fazer quando seu filho está com febre?

Confira as orientações da otorrinolaringologista Jeanne Oiticica
A febre sinaliza o aumento da temperatura corporal acima dos limites de normalidade, que é entre 36ºC e 37,3ºC, explica a médica otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas, Jeanne Oiticica. Segundo ela, as causas podem ser as mais diversas: infecção, lesão ou ferida no corpo, prenuncio de erupção dos dentes, reação inflamatória, reação a um corpo estranho (vacinas, enxertos ou transplantes), estresse, entre outras causas. A febre pode ocorrer também por exposição exagerada ao sol ou até mesmo excesso de roupas, quando pais sem muita experiência exageram no aquecimento dos filhos.

A febre é mais comum em crianças porque elas não nascem com imunidade plena ou sistema imunológico formado e funcionando a pleno vapor.

– Nos primeiros dois anos de vida, a criança combate infecções com os anticorpos herdados da mãe e que passaram via placenta e leite materno. A medula óssea da criança só passa a produzir as defesas necessárias, chamadas de anticorpos, por volta dos quatro a seis anos de idade. No período de transição, dos dois aos quatro anos, fígado e baço assumem em parte este papel. Por isso crianças são mais propensas à aquisição de infecções e, consequentemente, de ter febre – explica Jeanne Oiticica.

A partir de 37,3ºC, a recomendação é entrar em contato com o pediatra e agendar um atendimento para o mais breve possível. No entanto, como isso nem sempre é possivel de imediato, é importante baixar a temperatura da criança até que o médico consiga vê-la.

– Isto pode ser feito removendo parte da roupa da criança com o intuito de promover um resfriamento do corpo ou até mesmo dando um banho em água à temperatura ambiente. Os antitérmicos também podem ser usados (dipirona, ibuprofeno, paracetamol, dentre outros) e devem ser administrados de acordo com o peso corporal.

Os pais devem seguir as orientações do pediatra. É pouco comum a febre não ceder após todas essas etapas listadas acima. O pronto-socorro deve ser sempre a última opção, já que é um setor do hospital onde se presta socorro médico para atender pacientes em estado de urgência ou emergência. Mas é a opção em caso de febre muito alta e que não cede com antitérmicos.

– Urgência é quando há uma situação que não pode ser adiada e que deve ser resolvida rapidamente pelo risco até mesmo de morte. Já a emergência é quando há uma situação crítica que exige cirurgia ou intervenção médica imediata. Portanto, caso a febre seja muito alta (acima de 39 – 40ºC) e não ceda com as medidas anteriormente citadas, sim, trata-se de uma urgência pelo risco inerente de convulsão febril – alerta Jeanne Oiticica.

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