Coruja Família Saúde

Problemas na fala

Atraso na fala e troca de fonemas devem ser tratados por especialistas

Ninguém nasce falando, e é muito comum crianças pequenas se atrapalharem um pouco com as palavras. Muitas vezes, achamos até graça nos erros. A troca de fonemas é um deles. Mas existe um tempo limite para que isso se resolva. Crianças que continuam omitindo ou trocando fonemas após os 4 anos de idade devem ser avaliadas por um fonoaudiólogo. O especialista também deve ser procurado quando crianças acima de 2 anos e meio ainda não falam.

– A maioria das crianças começa a balbuciar com alguns meses. Esses são os primeiros sons que elas emitem. Os pais devem ficar atentos caso parem de emiti-los. Pode ser indícios de algumas patologias. Logo em seguida, vem as primeiras palavras. Se até 2 anos e meio a criança não fala, deve ser levada a um fonoaudiólogo para avaliação e orientações. Existem crianças que trocam fonemas, algumas destas alterações são esperadas para cada faixa etária, mas, aos 4 anos, a fala deverá estar com todos os fonemas adquiridos – explica a fonoaudióloga Roberta Barretti.

Como as situações são diferentes, o tratamento vai depender do diagnóstico médico. O primeiro sinal de que pode haver problemas é quando a criança não balbucia ou deixa de fazê-lo. Comunicar-se por meio de gestos, apontando para o que deseja e sem falar quase nada aos 2 anos, e ainda trocar fonemas entre os 4 e 5 anos também são situações que merecem investigação.

– Cada patologia tem uma abordagem diferente. Existem alguns casos que a intervenção profissional se dá nos primeiros meses e em outros casos ao longo da vida do indivíduo – diz Roberta, lembrando que o tratamento consiste em exercícios, orientações familiares e, se necessário, intervenções cirúrgicas realizadas pelos profissionais competentes – diz a a fonoaudióloga.

Uso de mamadeira e chupeta podem, sim, afetar o desenvolvimento da fala. Mas isso não quer dizer que os produtos não possam ser utilizados. Há formatos de bicos específicos e um tempo limite para o uso.

– A primeira forma de estimulação dos órgãos fonoarticulatórios é a amamentação no seio. O bico do seio tem uma perfuração para deixar sair o leite que estimula a criança a sugar. Por este motivo o bebê cansa, pois o esforço é grande. Existem mães que não conseguem amamentar e é necessário o uso da mamadeira. Esta deverá ser ortodôntica, indicada para cada faixa etária, e nunca se deve furar o bico. A chupeta serve também para desenvolver esses órgãos, mas quando aparecer os primeiros dentes seu uso deve ser diminuído gradativamente, pois ela interfere diretamente na dentição, assim como o uso do dedo. A criança nunca deve falar com chupeta ou dedo na boca – esclarece Roberta.

Muitos pais, no entanto, só se dão conta da necessidade de um acompanhamento fonoaudiológico para o filho na alfabetização, quando as trocas de fonemas comprometem até a escrita. Quanto mais cedo o profissional for procurado, melhor. Mas nunca é tarde para ajudar a criança a falar corretamente.

– A dislalia é a troca de fonemas. O melhor é corrigir o mais rápido possível para que o tratamento seja curto, mas pode ser tratada em qualquer fase da vida – afirma Roberta.

(1) Comentário

  1. Sophia diz:

    Acompanhamento médico adequado é o principal. O pediatra é quem pode ajudar a identificar um possível problema. Quanto mais cedo se investigar, mais chances de se resolver, né?

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