Educação

Teatro para conscientizar

Cia. Água na Boca leva montagens teatrais de cunho social para estudantes. Álcool e drogas estão entre os temas abordados

“Se em cada comunidade e/ou escola que nós apresentarmos o projeto, uma criança ficar fora do mundo das drogas, nossa missão estará completa”. A frase, que acompanha o texto de apresentação da companhia de teatro Água na Boca, define a proposta do trabalho desenvolvido por Fernando Benévolo e Wagner Rotta, respectivamente, diretor e autor do espetáculo “Histórias de um garrafeiro”, e sócios na companhia. A peça tem sido encenada em instituições de ensino desde 2006 com o objetivo de alertar adolescentes e jovens sobre os perigos do álcool e das drogas.

– Acredito que ninguém queira um filho envolvido com drogas. Minha filha, de 15 anos, assiste à peça desde que tinha cinco anos de idade e, quando a vejo orientada hoje, quero levar essa mensagem a outras crianças e jovens – diz Benévolo

A peça estreou em 2005, na Casa de Cultura Laura Alvim, com apoio da Funarj e do Governo do Estado do Rio de Janeiro. De lá pra cá, foram muitas apresentações voltadas para estudantes, dentro de escolas, e quase sempre acompanhadas de bate-papos sobre o tema. Cerca de 135 mil alunos já assistiram ao espetáculo. E é deste público que vem o maior reconhecimento e a melhor motivação para o trabalho.

– Os próprios alunos escrevem coisas maravilhosas na nossa página do Facebook. Há meninos e meninas que choram na plateia. Tenho certeza que tocamos fundo o coração de cada aluno que assiste a nossa peça – diz o diretor.

“Histórias de um garrafeiro” (foto em destaque) não é a única montagem de cunho social da Cia. Água na Boca. Fernando Benévolo e Wagner Rotta também estão à frente dos espetáculos “O julgamento do mosquito Aedes”, sobre as condições de proliferação do mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya, e “Canino, o dente fujão”, que fala da importância da higiene bucal.

– Também trabalhamos com peças comerciais. Mas é muito bom fazer da minha profissão algo que possa levar mensagens para outras pessoas, principalmente para crianças e jovens. A companhia não nasceu com esse propósito, mas sempre teve este perfil – explica Benévolo.

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