Uso de andador não faz bem ao desenvolvimento motor e pode causar graves acidentes, alerta a Sociedade Brasileira de Pediatria
Que papais, vovós e titios não ficam bobos quando o bebê começa a andar? Não é à toa. Os primeiros passinhos fazem parte de um processo importante do desenvolvimento infantil.
– Os dois primeiros anos de vida são caracterizados por um acelerado desenvolvimento neuropsicomotor com aquisição de habilidades sequenciadas, caracterizadas por marcos motores do desenvolvimento, com ritmos que diferem de uma criança para outra, dependente de fatores individuais e ambientais. Neste sentido o engatinhar e o andar se apresentam como marcos importantes do desenvolvimento infantil – explica a pediatra Ana Estela Fernandes Leite, do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
As crianças começam a andar quando atingem um certo amadurecimento motor, geralmente entre 9 e 18 meses. Em muitos casos, os primeiros passos vêm depois da fase de engatinhar, que ajuda no processo. Mas não se preocupe se o bebê pular esta fase. Crianças que não engatinham não apresentam problema para andar.
– O engatinhar e o andar se apresentam como marcos importantes do desenvolvimento infantil. A criança engatinha após sentar sem apoio, geralmente entre 6 meses e 10 meses de idade. O engatinhar é um aprendizado para a próxima fase do desenvolvimento na qual a criança passa de um ser horizontal para um ser vertical, capaz de exercer a locomoção com segurança. Algumas crianças não engatinham, mas rolam sobre a barriga, arrastam-se sentadas e aprendem a ficar em pé com apoio, “pulando” a etapa do engatinhar, sem que haja prejuízo no seu desenvolvimento motor – afirma a médica.
É para não prejudicar este desenvolvimento natural e, principalmente, para evitar acidentes, que a Sociedade Brasileira de Pediatria há anos promove campanha contra andadores.
– Além do risco de acidentes graves com traumatismos crânio encefálicos, principal fator motivador de uma grande campanha da SBP para proibir a venda desses equipamentos no Brasil, os andadores também podem interferir no desenvolvimento à medida que repercutem nos processos de engatinhar e andar sem apoio – afirma Ana Estela Fernandes Leite.
A venda desses equipamentos está proibida no país desde 2013 por conta de uma decisão judicial. A SBP, no entanto, espera ver a proibição virar lei.
Como todo processo no desenvolvimento infantil, cada criança terá seu tempo para começar a andar, e só devem ser estimuladas a ficar em pé após sentarem sem apoio. Se há desconfiança de atraso no desenvolvimento, procure orientação de profissional especializado.
– Inúmeros fatores devem ser considerados nesse processo de desenvolvimento motor. As crianças andam entre 9 meses e 18 meses. Fatores perinatais como prematuridade e asfixia (geralmente entendida como bebês que nascem “roxinhos” e não choram logo ao nascimento) necessitando de intervenção do neonatologista, são os principais responsáveis por atrasos no desenvolvimento. Com relação aos bebês prematuros é importante considerar na avaliação do desenvolvimento a idade corrigida ou maturacional em detrimento da idade cronológica. Os pais podem contribuir comparecendo regularmente para as consultas de puericultura com o pediatra, profissional habilitado para identificar precocemente alterações no desenvolvimento. Quanto mais precoce se indica a estimulação, melhor a resposta da criança com atraso do desenvolvimento às terapias. A Caderneta de Saúde da Criança, oferecida pelo Ministério da Saúde, pode ser um guia prático de orientações e registro do desenvolvimento, utilizado pelos profissionais de saúde e pela família – explica a pediatra.
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