Por ser um exame interpretativo, pode haver equívoco na identificação
Que seja para começar a comprar o enxoval ou para poder escolher o nome, muitos pais querem saber se o bebê se estão esperando é menina ou menino. No entanto, a ultrassonografia feita entre a décima segunda e a décima quarta semanas – quando a genitália externa começa a se desenvolver – é um exame interpretativo, logo, passível de falhas. Ou seja, há sempre uma chance de “Sophia” ser, na verdade, “Lucas”, e vice-versa. É o que o explica o ginecologista e obstetra Marcos Arcader, do Hospital Adventista Silvestre:
– Descobrir o sexo do bebê por esse método vai depender da posição do feto, do técnico que vai realizar o exame e do equipamento que será usado. Há situações em que o médico não consegue ver o sexo do feto de jeito nenhum – afirma.
O médico explica que existem outros dois métodos para descobrir o sexo do bebê: o exame de sexagem fetal, que pode ser realizado da oitava para a nona semana; e o exame de biópsia do vilo curial, que pode ser feito da nona para a décima semana. No exame de sexagem fetal, procura-se o cromossomo Y. Se ele for encontrado, então o sexo do bebê será masculino. Na ausência dele, será feminino. Nos dois casos, não há falhas, no entanto, não são exames indicados pois representam uma agressão ao útero, por serem invasivos, e podem até levar ao aborto.
– O exame de biópsia do vilo curial procura por alterações genéticas no feto. Saber o sexo do neném é uma consequência desse exame. Mas o risco é grande, por isso não são indicados para esse fim.