Costuma-se dizer que os cuidados com a saúde de bebês e crianças precisam ser redobrados. Não se trata apenas de zelo maternal. Durante a infância, o sistema imunológico está em formação, e as defesas do organismo ainda são consideradas imaturas até os 4 anos de idade, mais ou menos. É na pré-adolescência, na maioria das vezes com 12 anos, que se alcança a maturidade imunológica, explica a pediatra Patrícia Terrível. É por conta dessa vulnerabilidade que é preciso estar atento a sinais que possam indicar baixa imunidade, como recorrentes infecções de otite ou pneumonia, por exemplo.
Veja algumas situações que caracterizam a baixa imunidade:
Duas ou mais pneumonias no último ano;
Quatro ou mais novas otites no último ano:
Estomatites de repetição ou monilíase, conhecida como sapinho:
Abcessos de repetição ou ectima:
Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia):
Infecções intestinais de repetição/ diarreia;
Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune;
Efeito adverso ao BCG, ou infecção por microbactéria;
Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada a imunodeficiência;
Histórico familiar de imunodeficiência
Mas nem tudo é sinal de alerta. A pediatra destaca que quadros típicos de resfriado não devem ser considerados sinais de baixa imunidade. São normais e bem comuns na infância.
– Não é preciso pânico. Coriza, tosse e resfriados de são consideradas normais e a média é de dez a doze vezes no primeiro ano escolar – explica a médica.
Segundo Patrícia, é importante proteger a criança de situações de grande exposição, mas também é fundamental deixá-la ter contatos que farão o organismo apresentar ação de resposta contra invasores:
– As escolites (infecções frequentes e sem gravidade) fazem parte da maturidade da imunidade da criança. Por isso, é muito importante uma boa alimentação, vacinação em dia e contato com outras crianças. O tripé para uma boa imunidade.
Confira alguns cuidados básicos, listados por Patrícia Terrível, para evitar a baixa imunidade nas crianças:
– Oferecer uma alimentação colorida com legumes, frutas, verduras, proteínas, para atrair a atenção da criança. Além de ajudar no desenvolvimento físico colabora também no fortalecimento do sistema imunológico.
– Seguir as recomendações do médico pediatra quanto a vacinação da criança, pois é fundamental para proteção individual e para o coletivo.
– Recorrentes infecções como otites e pneumonias podem ser sinais de baixa imunidade, por isso o acompanhamento constante com pediatra é fundamental, assim poderá ser solicitado exames e determinar formas de tratamento.
– A higiene constante das mãos e objetos que as crianças usam é importantíssima, visto que as crianças levam tudo à boca.
Foto em destaque: Imagem de Victoria_rt por Pixabay