Teste da orelhinha é importante para diagnosticar problemas de audição
Todos os recém-nascidos têm direito à Triagem Auditiva Neonatal (TAN), o teste da orelhinha, muito importante para detectar se há problemas na audição do neném. O diagnóstico precoce ajuda a direcionar tratamentos e, consequentemente, no desenvolvimento adequado da criança.
– A obrigatoriedade da realização da Triagem Auditiva Neonatal (TAN), conhecido popularmente como teste da orelhinha, tornou-se lei no Brasil em agosto de 2010. A norma obriga todos os hospitais e maternidades a realizarem o exame, em todos os recém-nascidos, para avaliar as células ciliadas responsáveis pela audição. O exame não é eficaz para detectar lesões que não sejam nessas células. Segundo as diretrizes do Ministério da Saúde, todos os recém-nascidos que tiverem indicador de risco para deficiência auditiva, ou que falharem na TAN, devem ser submetidos ao exame do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico. Os que não apresentarem resultados satisfatórios na TAN, deverão ser encaminhados para realizar o diagnóstico audiológicos, através de uma bateria exames – explica a fonoaudióloga e especialista em Audiologia Isabela Côrtes, do Audio Nit Centro Auditivo.
O acompanhamento pediátrico mensal é imprescindível no primeiro ano de vida do bebê. E, havendo alguma sinal de problema auditivo, o médico fará o encaminhamento necessário. Mas os pais também podem observar o desenvolvimento da criança, levando suas dúvidas ao especialista.
– Algumas doenças podem desenvolver perda auditiva progressiva. Além disso, existem perdas auditivas adquiridas. Essas perdas são observadas naquelas crianças que nascem com audição normal, mas que, por algum fator patológico ou acidental, perdem a audição parcial ou totalmente. Pode acontecer por predisposição genética, por sequelas de determinadas doenças, como a meningite; por exposição a sons impactantes, como explosões; ou mesmo por viroses. Dessa forma, é imprescindível a observação dos pais ao desenvolvimento auditivo da criança – lembra a fonoaudióloga.
Segundo Isabela Côrtes, há diferentes formas de tratar os problemas auditivos:
– Caso a deficiencia auditiuva seja constatada após o diagnóstico audiológico, a fonoaudióloga, juntamente com o médico otorrinolaringologista, indicará o tratamento adequado para cada caso. O tratamento para deficiências auditivas permanentes é o uso de aparelho de amplificação sonora individual ou o implante coclear. É importante salientar que todas as crianças que iniciarem o tratamento para deficiência auditiva deverão realizar terapia fonoaudiológica.
Veja a recomendação da Organização Mundial de Saúde para o desenvolvimento auditivo e de linguagem de acordo com idade:
Recém-nascido – Acorda com sons fortes
De 0 a 3 meses – Acalma com sons moderadamente fortes e músicas
De 3 a 4 meses – Presta atenção nos sons e vocaliza
De 6 a 8 meses – Localiza a fonte sonora; balbucia sons, ex.: “dada”
12 meses – Aumenta a frequência do balbucio e inicia a produção das primeiras palavras; entende ordens simples, ex.: “dá tchau”
18 meses – Fala, no mínimo, seis palavras
2 anos – Produz frases com duas palavras
3 anos – Produz sentenças