Mães de crianças e jovens com deficiência criam o movimento #eSeFosseSeuFilho para despertar a empatia das outras famílias
A jornalista Luciana Calaza faz parte desse movimento e assina o texto a seguir.
Num grupo de WhatsApp de mães de crianças e jovens com deficiência, uma delas conta, desolada, que as famílias da escola de seu filho, que tem características de autismo e às vezes fica agressivo, fizeram um abaixo-assinado para pedir a saída do menino da instituição. Esse foi o gatilho para o nascimento do movimento #eSeFosseSeuFilho: a ideia é espalhar, para a sociedade, as difíceis situações vividas pelas mães “atípicas” e, assim, despertar a empatia.
Segundo a professora de educação física e criadora do movimento Andréa Apolônia, o movimento é um convite à conversa, uma forma de ajudar as outras famílias a ficarem mais à vontade com a diversidade. Andrea é mãe de Rafaela, de 18 anos, que tem a Síndrome de Angelman.
“A hastag #eSeFosseSeuFilho surge com o intuito de convidar os outros pais a se colocarem no nosso lugar. De incluir todos nesta luta”.
O primeiro passo foi fazer uma parceria com o jornal O GLOBO, que há dois meses vem publicando, toda segunda-feira, junto com a coluna “Tô Dentro”, sobre inclusão de pessoas com deficiência, um relato com a hashtag #eSeFosseSeuFilho.
A iniciativa seguinte foi trazer Lau Patron – que ganhou destaque na internet com a palestra que fez no Tedx Talks “A solidão das mães especiais – seja rede, seja aldeia” – para fazer uma apresentação no Rio para as famílias de crianças que não têm deficiência. Lau, que é do Rio Grande do Sul, é mãe de João Vicente, que tem a Síndrome Hemolítica Urêmica atípica (SHUa), uma condição rara que afeta o sistema imunológico e, por conta de uma crise, teve um derrame que deixou muitas sequelas. A palestra, com entrada franca, foi um sucesso.
Assim, mães de crianças sem deficiência se juntaram ao grupo para dar força ao movimento. Agora, as integrantes do #eSeFosseSeuFilho estão convidando famosos para gravarem versões curtas de suas histórias e publicar nas redes sociais. Quem quiser conhecer um pouco mais sobre essas ações, é só visitar as redes sociais do grupo: @juntos_grupo (Instagram) e @Juntos (Facebook).
Luciana Calaza é jornalista, mãe de Felipe e Rafael
Foto em destaque: Andréa Apolônia e Lau Patrón em palestra realizada no Rio/Divulgação
Bela iniciativa. Que as mães se unam para que todos sejam incluídos com amor e respeito.
Todas iniciativas são bem vinda. Obrigado. Sidnei pai do Douglas (autista) 25 anos
Linda iniciativa! Me surpreendeu receber alguns dos videos da campanha acompanhados de um slide que credita a mesma ao governo federal!
Uma bela iniciativa. Importante troca experiências, ajuda as mães e por conseguinte , as crianças.
Uma bela iniciativa. Importante troca experiências, ajuda as mães e por conseguinte , as crianças. Como avó de uma menina que tem nanismo é de suma importância saber também como lidar e das novidades que a ciência dia a dia descobre para o tratamento.
Nossa muito bom ter alguém que possa nos ajudar ! Já passei com meus filho por várias situações constrangedora .