Saiba para que serve cada um dos exames realizados durante a gestação
Gravidez confirmada é hora de se cuidar ainda mais e, para isso, muitos exames são feitos durante toda a gestação. A ginecologista e obstetra Cristina Carneiro explica para que serve cada um deles e quando devem ser feitos.
1ª CONSULTA:
– Papanicolau: exame para avaliar a existência de câncer do colo do útero
– Urina I e urocultura com antibiograma se necessário: avalia infecção urinária e através do exame de urina pode-se perceber algumas alterações que sugerem alterações sistêmicas como doenças renais, diabetes, etc.
– Hemograma: para verificar se há anemia, infecções e outras alterações no sangue
– Glicemia: o exame avalia se a mulher tem diabetes
– Tipagem sanguínea: principalmente fator Rh, se negativo pedir tipagem do pai. Se este for positivo, o bebê pode herdar essa característica do pai. E se o sangue do bebê entrar na corrente sanguínea da mãe, seu sistema imunológico pode reagir contra como se o bebê fosse um “invasor”, e produzir anticorpos contra ele. Esse fenômeno é conhecido como “sensibilização” e, embora normalmente não cause problemas numa primeira gravidez, pode ser problemático para uma segunda gestação.
– RSS: Testa reações sorológicas para sífilis – Se o diagnóstico para sífilis for positivo, é necessário tratar antes de 4 meses de gestação para que o feto não seja infectado.
– HIV: Para diagnosticar infecção pelo vírus HIV (AIDS) – Se o diagnóstico for positivo, é preciso iniciar o coquetel de medicação para impedir a infecção do feto.
– Rubéola: se o resultado der negativo, o médico orienta a gestante quanto à necessidade de manter-se longe de pessoas com rubéola, pois se for infectada durante a gestação, sobretudo nos três primeiros meses, pode provocar má-formações importantes no bebê. A vacina contra rubéola não pode ser aplicada nas gestantes. A melhor maneira de prevenir a rubéola na gravidez é ter sido vacinada antes de engravidar.
– Toxoplasmose: se der negativo, o médico orienta a gestante para não ingerir carne mal-passada, lavar bem a salada, fora de casa só comer verduras cozidas, e só mexer na terra e em fezes de gatos com luvas.
– Hepatite A, B e C: Se os resultados derem negativos, a gestante é orientada à tomar a vacina contra a hepatite B durante a gestação e deverá ter cuidado com a água e alimentos não cozidos (por conta da possibilidade de contaminação pela hepatite A)
– Citomegalovírus: Feito para saber se a gestante já foi infectada com o vírus, que é da mesma família da herpes. É inofensivo se a mulher tiver sido infectada antes de engravidar. Mas pode causar problemas como microcefalia e surdez no bebê se a mulher for infectada durante a gestação.
– 25 OH vitamina D3: para providenciar a reposição de vitamina D se estiver em níveis baixos
– T4 livre e TSH: para fazer a reposição se for diagnosticado hipotireoidismo ou tratar o hipertireoidismo
– USG obstétrico transvaginal: o exame é realizado em torno de 6-7 semanas para conferir se a gestação é tópica (dentro do útero), confirmar a data gestacional e verificar o desenvolvimento embrionário.
DE 11 A 14 SEMANAS
– USG morfológico de 1º trimestre: Trata-se de uma avaliação de desenvolvimento fetal, translucência nucal (espaço na nuca do bebê que quando aumentado há uma chance maior de má-formação ou alguma síndrome fetal como Down, Edwards, etc), formação do osso nasal (que quando ausente aumenta a chance de síndromes)
DE 20 A 24 SEMANAS
– USG morfológico de 2º trimestre: Novamente para avaliação do desenvolvimento fetal com cuidado para a formação dos órgãos
MENSALMENTE
– Toxoplasmose – quando a 1ª sorologia é negativa, repete-se o exame mensalmente.
– Coombs indireto – Necessário quando o sangue da mãe é negativo é do pai é positivo
– T4 livre e TSH – em casos de hipo ou hipertireoidismo
COM 28 SEMANAS
– USG obstétrico – Para a avaliação de crescimento fetal
– Teste de tolerância à glicose (GTT) – Para avaliar se há diabetes gestacional
COM 34 SEMANAS
– Swab anal e vaginal para Streptococcos agalactiae: Esse exame pesquisa a bactéria S. agalactiae tanto no ambiente anal quanto vaginal. Se for positivo é necessário entrar com esquema de antibiótico no início do trabalho de parto ou se bolsa rompe no caso de cesárea, para evitar que a bactéria passe para o feto. Esta bactéria é responsável pela maioria dos casos de infecção grave dos recém-nascidos. No caso de cesárea agendada não é necessário dar antibiótico para a mãe previamente.
COM 35-36 SEMANAS
– USG obstétrico: Para avaliação de crescimento fetal, apresentação fetal, placenta, líquido.
COM 38-39 SEMANAS
– Cardiotografia anteparto e perfil biofísico fetal: Que é um exame que avalia as condições fetais
A médica lembra ainda que exames complementares podem ser solicitados se for verificada uma gestação de alto risco.
Por exemplo, no caso do pre-natal de gestantes adolescentes e fundamental envolver a familia e a escola como elementos da rede de suporte social para que atuem na incorporacao de habitos saudaveis, assegurando seus direitos.
Sim, com certeza!
Obrigada por seu comentário,
Quem Coruja