As festinhas de pijama viraram febre entre as meninas, e as mamães capricham na produção
Mães de meninas entre 7 e 10 anos já perceberam que as comemorações de aniversário dessas pequenas têm ido até de manhã. Mas não se trata de noitadas precoces. A moda é festinha do pijama, com direito à companhia das amiguinhas para dormir em casa.
– A Isabella veio com essa ideia: “Mãe, quero uma festa do pijama no meu aniversário”, “quero que minhas amigas durmam comigo, e só acabe no dia seguinte”. Pensei em descartar a ideia, mas depois achei que seria interessante por ser algo diferente – conta a pediatra Iara Rocha Martins de Souza, que comemorou os 7 anos da menina, em fevereiro, com uma festa de pijama em casa.
A festa foi perfeita, tudo o que a Isabella esperava. Além da farra à noite, as meninas tomaram o café da manhã em companhia da Branca de Neve e da Rainha Má. Só a felicidade da filha para compensar todo o cansaço e preocupação de Iara.
– De repente me deparar com dez meninas super animadas e agitadas me deixou um pouco de cabelos em pé. Mas contei com a ajuda de minha mãe e irmã para os quitutes, e de uma equipe de animação, que, além de fazer as brincadeiras, me ajudou com as meninas até o dia seguinte. Apesar de ter feito tudo dentro de casa, e ter um certo controle sobre elas, só relaxei quando entreguei a última criança a seus pais. Até hoje ela me diz que foi a melhor festa que teve. E acho que foi, sim – avalia Iara.
Outra que atendeu ao pedido da filha e se viu cuidando de outras 12 meninas na madrugada foi a dentista Fernanda Ribeiro de Abreu Correa. A festa foi em março (foto em destaque), marcando os 7 anos de Helena.
– Fiz festa do pijama porque minha filha pediu. Ela que escolheu tudo, inclusive o tema “bonecas”. Acho que nessa faixa etária, elas gostam porque se sentem mais “mocinhas”, dormindo fora de casa. Não vou dizer que foi fácil. Foram 13 meninas, e tive que administrar ciúmes e implicâncias que rolam entre elas, mas nada que não se pudesse contornar – lembra Fernanda, que também contou com ajuda extra para cuidar das convidadas. – Contei com a ajuda de duas recreadoras que contratei. Na hora de dormir, algumas crianças foram tranquilas, mas outras estranharam e tive que deitar perto, acarinhar para que dormissem. Quem menos dormiu fui eu, pois a última a dormir, dormiu às 2h da manhã, e a primeira a acordar, levantou às 6h30!
Estar vigilante é realmente imprescindível para quem promove uma festa do pijama. E tudo tem que ser pensado.
– Fiquei preocupada com duas meninas que estavam tossindo muito, e até liguei para a mãe para poder dar um remédio – conta Fernanda, que ainda teve disposição para continuar a festa no dia seguinte, com um café da manhã para os pais e amiguinhos meninos que não puderam participar da festa do pijama.
Por ter virado uma febre entre as meninas, não faltam empresas e profissionais especializados neste tipo de festa. Mas há também quem faça tudo por conta própria. Para comemorar os 9 anos da filha, em junho, a administradora Márcia Dorle começou a preparar a decoração em março.
– A organização foi um pouco trabalhosa, pois fizemos praticamente tudo em casa, convite, programação das atividades, decoração da mesa, confecção das barracas, confecção dos hobbies, forração das espuma dos colchões, arrumação no dia da festa – conta Márcia, que viu todo o esforço valer a pena com a alegria da filha e das amiguinhas. – A Gabi estava tão feliz que é até difícil dizer o que eu mais gostei, mas uma ponto interessante é que a festa começou já na entrega dos convites, pois a felicidade das amigas de saberem que dormiriam juntas e fora de casa foi um barato.
Mas Márcia contou com a ajuda mais do que especial da mãe dela, a comerciante Maria Laura Diniz, que confeccionou as barracas.
– Sempre que posso ajudar para realizar os desejos dos meus netos eu “boto a mão na massa”. Compramos todo o material na Saara. Depois minha filha buscou o modelo de barracas que a Gabi mais gostou na Internet e começamos a fazer tudo em março. As cabanas são trabalhosas de fazer por causa dos detalhes: janelas, locais para passar os canos de sustentação e as vinte bandeirinhas que ficaram no topo das barracas. Aprendi a costurar ainda nova, mas fazer as cabanas foi uma novidade. Adorei o resultado e minha neta ficou muito feliz – conta Maria.
A escolha pelo tom neutro foi proposital. A intenção de Márcia, também mãe de Guilherme, de 6 anos, é que as barraquinhas sejam usadas por meninos, que geralmente ficam de fora das festinhas de pijama, mais comum entre as meninas.
Que a experiência delas sirva de inspiração para mamães que estão às voltas com os preparativos de festinhas de pijamas!