Ele proporciona diversos benefícios para o bebê. Confira
O líquido amniótico tem um papel fundamental durante a gravidez. Claro e ligeiramente amarelado, ele envolve o bebê durante toda a gestação. Suas principais funções são protegê-lo de traumatismos sofridos pela mãe, evitar infecções, manter uma temperatura constante dentro do útero, além de ajudar a desenvolver o sistema urinário, digestivo, músculo-esquelético e pulmonar do feto.
– No ventre materno, o bebê flutua e movimenta-se livremente no líquido amniótico, o que promove o correto desenvolvimento dos seus órgãos e estruturas vitais e ainda o mantém seguro e quente – explica a ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dra. Alessandra de Souza Barbeiro Munhoz.
O líquido amniótico é produzido pela placenta e pelas membranas que envolvem a bolsa durante os primeiros quatro meses da gravidez. Depois disso, é formado também pelas excreções dos rins do bebê, que eliminam sódio e concentram a ureia.
Quanto ao volume do líquido, a ginecologista explica que ele vai aumentando progressivamente até 34ª semana de gestação, quando atinge o ponto máximo, de 800 a 1000 ml. Após a 36ª semana o volume declina progressivamente, até o final da gravidez.
Segundo ela, a diminuição de líquido amniótico, com valores inferiores a 300 ou 400 ml até a 34ª semana, pode trazer consequências inconvenientes para a mãe ou para o feto. Com isso, há maior possibilidade de compressão do cordão umbilical, com consequente desaceleração da frequência cardíaca fetal e o aparecimento de sinais de sofrimento fetal, com maior risco de morte intrauterina.
– Dentre as principais causas da redução do líquido estão, a desidratação materna, a ruptura parcial da bolsa amniótica, problemas na placenta, ou a síndrome da transfusão feto-fetal, que é quando a mulher tem uma gravidez de gêmeos e um dos bebês recebe menos sangue e nutrientes que o outro, ficando com menos líquido amniótico.
Por outro lado, a quantidade excessiva de líquido amniótico também requer atenção, pois esta condição pode indicar presença de anomalias congênitas ou diabetes gestacional.
– O excesso de líquido amniótico pode distender o útero além do normal, levando a complicações como trabalho de parto prematuro, ruptura do saco amniótico ou bolsa das águas, descolamento da placenta, dificuldades para a realização de parto normal, sendo necessária cesariana, e até hemorragia pós-parto. Por isso, a quantidade anormal de líquido amniótico exige um cuidado especial pelos profissionais de saúde, durante o pré-natal, a fim de garantirem a segurança da mamãe e do bebê”, alerta.