A gravidez pode trazer vários desconfortos. Mas algumas gestações trazem problemas mais sérios à saúde. São as chamadas gravidezes de alto risco, o que não é tão incomum assim. O diagnóstico assusta e, muitas vezes, o pré-natal precisará de um acompanhamento especial.
Uma gravidez de alto risco não está, necessariamente, relacionada à alguma doença. É assim considerada sempre que gestante e feto tenham maior risco em comparação a outras gestações, como em casos de gravidez de gêmeos e gestantes muito jovens ou com mais idade, explica a ginecologista e obstetra Larissa Cassiano, especialista em parto humanizado e gestação de alto risco.
Mas as condições de saúde antes da gravidez sempre devem ser consideradas.
– Hoje o perfil das gestantes tem mudado muito, temos visto mais gestantes com mais de 40 anos, com hipertensão, diabetes gestacional, ansiedade com uso de medicamento. Alterações da tireoide, antecedente de cirurgia bariátrica e fertilização em vitro são algumas condições frequentes e consideradas de alto risco – destaca a obstetra.
O diagnóstico correto e um acompanhamento adequado aumentam muito as chances de uma gravidez de alto risco transcorrer de forma controlada, sem problemas para mamãe e bebê. E os avanços nos tratamentos também fazem muita diferença.
– Um exemplo são as alterações fetais que hoje têm um acompanhamento mais amplo com o ultrassom e até possibilidade de cirurgia ainda no útero. Os avanços possibilitam e fornecem mais cuidados tanto para a gestante quanto para o feto – avalia a médica.
Segundo Larissa Cassiano, é difícil quantificar a ocorrência de gravidez de alto risco, pois os critérios mudam muito entre os sistemas público e privado; e, mesmo no SUS, há variações. Mas estima-se que 30% das gestantes estejam neste quadro.
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