Epidemiologista orienta sobre a vacinação de crianças, grávidas e idosos
Mais comuns no fim do outono e no inverno, os casos de gripe começaram um pouco mais cedo este ano e o vírus que tem circulado mais é o H1N1, um subtipo do vírus influeza A. Segundo a epidemilogista Anelise Fonseca, do Hospital Adventista Silvestre, no Rio, ele é o resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e o da gripe suína.
– Os sintomas, no entanto, são os mesmo de uma gripe comum: tosse, espirro, febre alta e dores pelo corpo – lembra.
A imensa maioria das pessoas em boas condições de saúde, que não façam parte do grupo prioritário, formado por crianças, grávidas e idosos, e que contraiam H1N1 não apresentará complicações graves.
– Estudos recentes, inclusive com orientações do CDC, que é o órgão de controle de doenças dos EUA, afirmam que o vírus não seria tão perigoso. Mas como é um subtipo descoberto recentemente, os testes rápidos para o diagnóstico demoram um pouco mais para dar o resultado – explica a médica.
Embora a vacina não tenha 100% de proteção, ela é a forma mais eficaz de se prevenir do H1N1.
– Sua eficácia varia de 60% a 90%, por isso todas as pessoas devem ser vacinadas, essencialmente as que fazem parte dos grupos de risco – orienta.
Crianças entre seis meses e um ano devem tomar duas doses da vacina com intervalo de um mês.
– No entanto, dependendo do fabricante da vacina, um dos tipos só pode ser dado para crianças maiores de 3 anos de idade – afirma.
As contraindicações são para pessoas com alergia comprovada ao ovo, os imunodeprimidos, como os pacientes com câncer ou os que fazem uso crônico de determinados medicamentos como corticosteroides.
– É importante esclarecer que até quem já teve a gripe pelo subtipo H1N1 do vírus influenza precisa se vacinar. Isso porque os anticorpos contra a gripe duram, em média, 12 meses. Depois disso, o nível de proteção cai e é possível contrair de novo a doença – alerta a epidemiologista.
Como prevenir o contágio
Algumas ações no dia a dia, como lavar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável ao tossir ou espirrar, podem ajudar a prevenir o contágio.
Como toda virose, deve-se compreender que há um tempo de inicio e de fim e por tal, o controle de sintomas, com uso de analgésicos e antitérmicos, uma boa hidratação e alimentação leve são essenciais.