Por diversos motivos, do investimento na carreira profissional até o encontro do amor, muitas mulheres têm adiado a maternidade para depois dos 30… Algumas estão se tornando mães, de primeira viagem ou não, depois dos 40 anos, quando a vida está mais estável e elas, mais maduras. O Quem Coruja conversou com três mulheres que tiveram filhos aos 42, 44 e 46 anos, por razões diferentes. Em comum, todas recomendam a experiência e não se arrependem da escolha.
Aos 42…
Cilene Guedes, atriz, mãe aos 42 anos, nunca brincou de ser mãe de um bebê, e quando se casou não pensava em ter filho logo. “Também não pensava em não ter. Eu só queria ter o luxo de desejar ter”. Ao fim do primeiro casamento, reencontrou um amor de adolescência e “com ele não fazia sentido não ter filho, mas eu já tinha 40 e pouco tempo”. Por isso, logo começou a tentar.
“Estava preocupada com os riscos de uma gravidez depois dos 40, mas era a hora. Em menos de um ano, conseguimos engravidar. Digo que Tarik é o filho da tranquilidade e o ponto alto de uma grande transição pela qual minha vida vinha passando”, lembra Cilene.
Sobre a disposição, Cilene conta que estava acima do peso quando engravidou, e por isso acha que teria sido cansativo mesmo se fosse mais nova. Segundo ela, talvez o cansaço fique mais evidente por conta da idade. Mas não nega: “ser mãe é uma tarefa extenuante”. No entanto, para ela, a maturidade tem seus benefícios:
“Não perdi a identidade. Continuo tendo sonhos. Era importante para mim ter isso bem claro. Se isso não estivesse bem resolvido, também não seria bom para meu filho. Acho que se tivesse tido filho mais nova teria tido a sensação de abrir mão de muita coisa. Talvez fosse me ressentir de não ter feito algumas coisas. Fiz tudo o que queria. Hoje sei do que estou abrindo mão, e sei que ele é muito melhor”.
Outra vantagem? Mais segurança para lidar com as opiniões que todos têm sobre cuidar, criar, alimentar, educar…. e mais paciência.
“Acho que é mais fácil deixar de fazer qualquer coisa para brincar com ele. Estou mais madura para dar importância a esse tempo de brincadeiras e descobertas, e também para orientar e não controlar. A maturidade proporciona um outro nível de afeto. A vida faz mais sentido”.
Aos 44…
Já a jornalista Paula Autran não pensava em ter filhos até cruzar a barreira dos 30. Desde pequena, sonhava em ser independente, ter uma carreira, viajar o mundo. Planejava, no máximo, adotar uma criança. O tempo foi passando, e o relógio biológico batendo cada vez mais alto.
“Quando passei a querer ser mãe, não queria ser mãe solteira, queria compartilhar isso com alguém que me amasse e que eu amasse também. Custou, mas ele apareceu. Formamos uma família (que inclui também a Maria, filha do primeiro casamento dele, com quem fiz estágio de mãe por três anos). E, felizmente, deu tempo de providenciarmos o Pedro (hoje com seis meses)!”, conta.
Como se casou depois dos 40, Paula sabia que ter um filho era um plano que poderia não se concretizar mais. Ao menos não biologicamente, já que a adoção sempre foi uma opção. “Não sei se a palavra é medo, mas também não encontrei outra para substituí-la. Não seria a pessoa mais infeliz do mundo (até porque, não sabia o que era esta felicidade plena até então) se não tivesse engravidado. Mas com certeza teria que aprender a lidar com esta frustração”.
Então, como qualquer aspirante à mãe, suspendeu a pílula e fez o básico para que acontecesse: “foi tudo natural, sem tratamentos. Para nossa felicidade, aconteceu em cerca de um ano de tentativas”, relembra.
Paula garante que não mudaria em nada a decisão de ter deixado para ter filhos mais tarde.
“É maravilhoso! Recomendo muito! Tive tempo para realizar o que quis. Trabalhei loucamente, juntei dinheiro, viajei o mundo todo, saí e me diverti o quanto pude como solteira. Fui mãe quando estava pronta para ser. Já tinha uma vida estável economicamente, e pude diminuir meu ritmo de trabalho para me dedicar ao meu filhote. Tenho 45 anos e me sinto com 30. Sou ativa, carrego aqueles mais de sete quilos de fofurice sem problemas. Pedro é um companheirão desde pequenininho: sai com a gente, viaja, topa todas, se dá bem com todo mundo. Nunca nos impediu de fazer nada. No máximo fica com os avós para a gente curtir um cineminha de vez em quando”.
Aos 46… e pela segunda vez
Márcia Telles foi mãe pela primeira vez aos 34. De Luiza, hoje com 16 anos. Doze anos depois veio Giovanna, hoje com três anos. Mas a maternidade não foi tão simples de ser alcançada, nem mesmo antes dos 40. Márcia, que gerencia uma área de comunicação corporativa, se casou aos 23 e, aos 27, decidiu engravidar. Precisou fazer tratamento, mas não teve sucesso. Aos 30 se separou: “Não podia me deparar com um bebê na rua que começava a chorar”, lembra. Dois anos depois se casou de novo e foi morar em Fortaleza (Ceará).
“Não usava nenhum método contraceptivo, pois não imaginava engravidar naturalmente. De uma hora para outra, sem esperar, eu estava grávida, e isso aconteceu quando eu me preparava para voltar ao Rio, já decidida a me separar novamente. Com a notícia, o meu marido veio para o Rio comigo e recomeçamos a nossa vida. Quando a Luiza fez 2 anos, nos separamos”, conta.
Aos 40 anos, Márcia se casou com o atual marido, pai da Giovanna.
“Em setembro de 2011, viajamos para a Itália de férias, e nesta viagem me veio a vontade de ser mãe novamente. Ele já tinha dois filhos do primeiro casamento (Giulia, hoje com 20 anos, e Henrique, com 29) e não era muito receptivo à ideia de ter mais um filho. Ele sonhava se aposentar e viajar pelo mundo”.
Quando retornaram da viagem, ela teve problemas com o DIU e a médica a aconselhou a tirá-lo por um tempo já que, segundo ela, aos 46 as chances de engravidar eram menores.
“Deixei a vida se encarregar do meu destino e um mês depois estava grávida. Dois meses depois do nascimento de Giovanna eu fiz 47 anos. Acho que toda mulher deveria viver a experiência de ser mãe depois dos 40. Com a vida mais organizada financeiramente e com a maturidade, a relação mãe e filho muda completamente. É muito mais prazerosa, a troca de amor acontece com muito mais intensidade”, garante.
Seu maior medo durante a segunda gravidez era que Giovanna nascesse com alguma doença. “Se isso acontece, você não tem nem o direito de morrer tranquila, porque vai precisar contar com alguém para cuidar do seu filho. Esse era o meu maior medo”, confessa. Mas Márcia ainda teve um susto no fim do primeiro trimestre: um sangramento de grande extensão.
“Fiquei desesperada, pois achei que tivesse abortado. Fui para o hospital e fiquei internada – tive descolamento do saco gestacional e fiquei 15 dias de cama sem poder levantar. A ultrassonografia mostrou a Giovanna sustentada por um fio. Tudo ao redor tinha descolado e ela intacta, envolta na bolsa. Ao final de 15 dias tudo voltou ao normal e minha gravidez transcorreu na maior tranquilidade. Consegui trabalhar até uma semana antes do parto. Dali em diante foi só alegria, a cada exame a gente se surpreendia com o tamanho, peso e saúde. Foram muitas ultras: a de três meses para medir a transnucência; a morfológica, que mostra a formação de todos os órgãos; a do coração; a das veias; enfim, tudo perfeito”.
Hoje, a grande dificuldade é administrar as necessidades de uma adolescente com as de um bebê.
“Às vezes fica difícil e tenho que rebolar para dar conta de tudo. Sou uma mãe muito centralizadora, me envolvo em tudo, e em alguns momentos confesso que fico muito cansada. Hoje, a minha vida é dedicada às minhas duas filhas. Não tenho muito tempo pra mim. Mas isso não chega a ser um problema. Já fiz muita coisa na vida, hoje me sinto feliz de estar com elas. A Luiza é louca pela irmã assim como os outros irmãos, que me ajudam quando podem. Meu marido é outro apaixonado”.
Que legal esse depoimento, fui mãe aos 18, tenho uma filha de 25 . E agora acho que estou grávida, e tô sem coragem de fazer exame . Me sentindo sozinha sem chão
Leonira,
Torcemos para que você fique bem, e, estando grávida, possa curtir a gestação e ser muito feliz com o bebê.
Equipe Quem Coruja
Fique bem…meu filho tinha 27 e engravidei da Ssara hj com onze meses …uma delícia
Eu tenho 43 anos, e um filho de 18 anos meu marido é vasectomizado e estamos aguardando a reversão, pois pretendo engravidar o mais rápido possível, espero que de tudo certo.. estou na fé! se isso acontecer compartilharei com vcs aqui no site. Bjs..torçam por nós!
Que bacana, Cris!
Já estamos na torcida por vocês.
Tudo de bom!
Equipe Quem Coruja
Que bacana saber!
Estou com 43 e tenho um filho de 11anos, aos 41, engravidei e com 7 semanas para 8 semanas perdi.
Isso acabou comigo, eu e meu marido esperamos um ano e estos deixando acontecer.
Seu depoimento me encoraja a continuar tentando.
Obrigada, Deus te abençoe.
Eu tenho 3 filhos um de 29 um de 19 e o que eu achava que era a rapa do tacho com 9 e agora,aos 45 do segundo tempo descubro que estou grávida, da rapinha da rapinha do tacho!!!
Muito feliz(depois do susto é claro)que venha com muitaaaaa saúde!!!
Joana,
Que sua “rapinha” rsrs traga muitas felicidades!
Tudo de bom na gravidez!
Quem Coruja
Oi gostaria de saber como foi a gestação…bjs
oi boa noite ,como você está !
Ôh, meu Deu! E eu aqui com 39 anos com medo de estar grávida. Tenho medo de tudo que falam, que depois dos 35 há chances de ter síndrome de Down, ou outras complicações. Acho que estou grávida, e o que me preocupa é que sou ligada. Meu caçula tem 12 anos.
Oi, Conceição
Como você leu nesta matéria, há muitas chances também de tudo dar certo, né? Se você realmente estiver grávida, já estou na torcida para que a gestação seja maravilhosa. Acompanhe outras matérias aqui no Quem Coruja e, qualquer dúvida, entre em contato. Vou buscar informações para te ajudar.
Bjs
Marta
Tenho 44 porém já tenho filhos mais estou casada pela segunda vez e meu marido quer que eu engravide mais acho impossível
Oi, Silvia
Fico na torcida por vocês.
Eu fui mas aos 40 anos, fui diagnosticada com infertilidade, fiz vários tratamentos sem sucesso, um dia cansada e esgotada de tantos tratamentos eu fiquei em paz, mudei de país, morei fora 5 anos e nesse período engravidei pela primeira vez, infelizmente perdi o bebê com 2 meses de gestação, retornei ao Brasil pois a distância da família foi difícil eu precisava do apoio deles. Após um ano do aborto fiquei novamente grávida e veio a Isadora aos 40 anos. Tenho muita vontade de ter outro bebê um irmão(ã) para Isa, mas tenho receio já estou com 46 anos. Mas Deus sabe de todas as coisa .
Oi, Andrea
Obrigada por compartilhar sua história com a gente. Muita saúde para a Isadora! Tudo de bom para você!
Equipe Quem Coruja
Faço 44 anos em 16.04.2019, exatamente no meu período fértil. Trabalho viajando e só vou em casa uma vez a cada 30 dias… Esse é um momento raro desde que resolvi engravidar… Tenho uma filha de 17 anos e gostaria muito de ter outro bebê… torçam por mim… amo os comentários que leio aqui, me fortalecem. Grata a todas. Grande abraço com cheirinho de bb em todas!!!
Marcia, parabéns pelo aniversário que está chegando! Já estamos na torcida para que seu grande presente seja a gravidez tão desejada! Tudo de muito bom!
Equipe Quem Coruja
Grata!! abraço fraterno. paz e bem!!!
vai conseguir se Deus quiser
Eu tive dois abortos,um em 2015 e outro em 2017 queria ter outro filho.. ja tenho um com oito anos. Mas ja estou com 46 anos.. gostaria de saber histórias de pessoas que estão passando por isso e tiveram filhos nessa idade…
Faz o teste fsh
Perdi uma filha a dois anos que estaria hoje com 22 anos, meu mundo desabou, só não morri porque tenho outra filha com 14 anos hoje. Estamos superando e hoje com 40 anos me vejo com vontade de ter outro filho, mas ao mesmo tempo não sei se tenho condições emocionais pra isso
Oi, Eliane
Sentimos muito a sua perda. Que Deus conforte seu coração! Quanto à vontade de engravidar novamente, estamos na torcida para o que for melhor para você.
Quem Coruja