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Dicas de teatro: “A menina do kung fu” e “Tagarelando”

“A menina do kung fu”, em cartaz no Teatro Ipanema, conta a história de Belinha, uma menina 9 anos, cega, que entra para uma academia de kung fu e enfrenta muitos desafios. A peça, que faz curta temporada até o dia 28 de julho, marca a volta do diretor Diego Molina ao teatro infantil, depois de “Joaquim e as estrelas”.

Sem patrocínio, Diego escreveu e montou a peça contando com apoio de instituições e pessoas, que participaram do projeto sem remuneração ou colaboraram no crowdfunding para custear algumas medidas de acessibilidade, como audiodescrição e intérpretes de Libras. Graças a isso, crianças e adultos com deficiência auditiva e visual podem assistir ao espetáculo.

Além da inclusão, o empoderamento feminino e o bullying são temas abordados na peça, pois Belinha encara desafios para se impor com uma limitação física e num universo dominado pelos meninos. Logo no primeiro dia de aula, ela tem de encarar a desconfiança da turma e da professora, além das peripécias de Pedroca e seus amigos, que adoram fazer bullying.

Foto de Jonatham Santos/Divulgação

Já o espetáculo infantojuvenil “Tagarelando” fica em cartaz no Teatro Municipal Maria Clara Machado até o dia 21 de julho. As apresentações acontecem sábados e domingos, sempre às 16h. Baseado em “As aventuras de Kadan e Farunk”, de Berto Matys, a montagem, do Portô – Coletivo de Arte, narra a história dos saltimbancos nordestinos, Catirina e Severino, e suas peripécias como uma trupe andarilha de teatro. Nas andanças para mostrar seu trabalho artístico, a dupla invade o palco e vai improvisando em cena um espetáculo. Em paralelo, o público acompanha também o desenrolar de uma outra história que se passa em Argeron, uma cidade fictícia criada a partir da influência dos árabes sobre o nordeste brasileiro. Nesta trama, Suez, o Deus do Vento que faz a Curva, está prestes a destruir o povoado depois que a Amizade e a Felicidade foram embora dali. O espetáculo tem como base a artesania dos artistas de rua, dos contadores de histórias, dos cordelistas, dos repentistas e circenses, atrelada a uma encenação com forte apelo corporal que mescla teatro, dança e circo.

“Acreditamos que por meio da educação e da cultura somos capazes de desenvolver o senso crítico de uma criança, sem privá-la de ter acesso às informações de toda natureza. Como falar, por exemplo, com elas, sobre a crise no país? E sobre as guerras no mundo? Colocá-las em bolhas de proteção seria prejudicial ao desenvolvimento de sua generosidade e de sua compaixão”, destaca Wanderson Rosceno, autor e diretor do espetáculo.

“A Menina do Kung Fu”
Teatro Ipanema – Rua Prudente de Morais, 824. Até 28 de julho
Sábados e domingos, às 16h
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – entrada gratuita para pessoas com deficiência
Classificação indicativa: livre
Todas as sessões têm acessibilidade na comunicação (audiodescrição e intérpretes de libras)

“Tagarelando”
De 6 a 21 de julho de 2019
Teatro Municipal Maria Clara Machado – Avenida Padre Leonel Franca, 240, Gávea
Ingresso: R$ 30 e R$ 15 (meia)
Livre

Foto em destaque/A menina do Kung Fu/Divulgação

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