Evento “Os primeiros 100o dias de vida” ressalta importância da nutrição
O Quem Coruja adorou participar do evento “Os primeiros 1000 dias de vida”, promovido pela Danone em parceria com a Perinatal. Um aprendizado e tanto sobre como a alimentação da gestante e a do bebê nos primeiros dois anos de vida contribuem (e muito) para a saúde da criança até a fase adulta.
Tudo começa na vida intrauterina. Quanto melhor for a alimentação da mamãe, mais benefícios o bebê terá. Não se trata de mudar radicalmente os hábitos alimentares por conta da gravidez, mas seguir as orientações do médico que acompanha o pré-natal. A obstetra Viviane Monteiro, especialista em medicina fetal e gestação de alto risco, destacou a importância deste esclarecimento.
A pediatra Danielle Negri, especialista em Pediatria e Neonatologia, chamou a atenção para os cuidados do segundo ano de vida. Com o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e a introdução dos alimentos de acordo com as consultas ao pediatra até os doze meses do bebê, é mais fácil controlar a alimentação. Depois, quando a criança fica mais exposta ao meio, ela acaba experimentando alimentos que não fazem nenhuma falta ao seu desenvolvimento, e acabam alterando o paladar.
Karina Barros, cientista da nutrição na divisão Early Life Nutrition da Danone, falou sobre pesquisas que mostram a influência da alimentação desses primeiros mil dias (270 dias de gestação + 365 dias do 1º ano + 365 dias do 2º ano) para o resto da vida. É claro que nunca é tarde para reeducarmos nossa alimentação e a dos nossos filhos. Uma boa alimentação traz benefícios em qualquer idade, mas os primeiros mil dias marcam o desenvolvimento do cérebro e dos sistemas digestório e imunológico da criança.
Vitamina D, ômega 3, ferro. Esses foram alguns dos nutrientes citados como importantes para esta fase. Geralmente, as mamães recebem dos médicos pediatras a relação de alimentos que devem fazer parte das papinhas, e, na dúvida, é bom perguntar ao médico o que pode ou não pode oferecer à criança. Veja algumas das observações feitas por Danielle Negri, pediatra da Perinatal, ao Quem Coruja.
A alimentação nos primeiros 1000 dias – “É a fase em que a criança faz a programação metabólica dela, ou seja, fase em que as células cerebrais e do corpo estão se formando e multiplicando; a criança está crescendo e se desenvolvendo e ficarão registrados os hábitos adquiridos nessa fase”.
Alimentos usados nas papinhas costumam ser aceitos com mais facilidade pelas crianças quando maiores – “Com certeza! Tudo o que foi inicial no começo da vida da criança fará uma memória celular que ela carregará pela vida”.
Papinha de bebês podem ter todo tipo de legume, verdura e carme – “Sim. Pode”.
Importância do leite materno após os seis meses recomendados pela OMS – “Até os dois anos de idade a criança se beneficia da amamentação, pois isso diminui a incidência de obesidade na fase adulta, diminuiu o risco de alergias, doenças crônicas e, mesmo tendo iniciado a alimentação complementar, a criança continua recebendo substâncias no leite como DHA e ARA que irão participar do desenvolvimento cognitivo do bebê, formação da retina entre outras coisas”.
Foto em destaque: Da esquerda para a direita: Karina Barros (Danone), Marta Paes (Quem Coruja), Júlia de Carvalho, Danielle Negri e Viviane Monteiro (todas representando a Perinatal)/ Crédito Olívia Souza Cruz