Coruja Família

Nascimentos na pandemia

A emoção da chegada de bebês em meio à pandemia 

As perdas foram muitas e avassaladoras. E não há dúvidas de que 2020 ficará na história por conta de todas as dores causadas pela pandemia de Covid-19. Mas em meio ao medo do presente e às incertezas do futuro, muitas mulheres também vivenciaram a felicidade ímpar de dar à luz a seus filhos. Em vez de fazer uma “Retrospectiva 2020”, o Quem Coruja prefere fechar o ano com o especial “Expectativa 2020”. Há um caminho enorme para superarmos a pandemia, e nada trará de volta tantas vidas interrompidas e afetadas por ela. Mas este post é para compartilhar coisas boas, felicidade e esperança, mostrando a emoção de famílias que cresceram, e desejar tudo de bom aos bebês que chegaram neste ano.

A linda Giovanna iluminando a vida de Suyanne

Recompensa final
“Ser mãe durante a pandemia foi um grande desafio, além de todas as mudanças corporais, hormonais e de rotina, ainda precisei aprender a viver em distanciamento social, me afastar do trabalho e me cuidar em dobro. Viver todas essas mudanças internas e externas não foi fácil para mim; cada ida ao médico era motivo de preocupação. Hoje, minha filha é a maior felicidade da nossa casa. Valeu a pena passar por todas as incertezas desse ano tão difícil para todos nós, principalmente para as gestantes. A recompensa chegou. E em meio a tantas notícias tristes, vida, Giovanna!”
Suyanne Linhares, mãe de Giovanna, nascida em 3 de dezembro de 2020

Gaia é pura luz para Gabriele

Bebê irradia luz 
“Uma tia minha disse que ter criança deixa a casa alegre e mais leve. Realmente, só de olhar o rostinho da Gaia esqueço do cansaço e das preocupações. Nesta pandemia, a gente vive com medo. Medo de sair, de receber alguém em casa, de ver uma pessoa que a gente ama falecer. Nada disso some. Mas a criança vai deixando tudo isso mais leve porque carrega uma luz enorme”.
Gabriele Siqueira Rodrigues, mãe de Gaia, nascida em 13 de agosto de 2020

Bento completando a felicidade da família

Covid, fé e gratidão 
“Gestar um bebezinho em meio a home office, isolamento e medo de sermos contaminados por um vírus ainda desconhecido foi, inicialmente, muito difícil. Mas me conectei ainda mais com minha espiritualidade e busquei agradecer pela permissão de poder viver esse momento junto às pessoas mais importantes da minha vida: meu marido e minha filha. Fui diagnosticada com diabetes gestacional, precisando ser internada com 40 semanas, para iniciar a indução. Um dia antes da internação, minha bolsa estourou em casa e fomos, os quatro, para o hospital. A partir daquele momento, vivemos os dias mais difíceis do sonho que, até então, compartilhávamos em família. Mesmo sem nenhum sintoma, testei positivo para Covid-19 e fui isolada. Sem meu marido poder ver o parto, sem visita, sem contato com outras pessoas, demorei para me reconectar com Deus e, principalmente, com meu filho. Passamos por momentos muito difíceis e precisei fazer uma cesárea de emergência. Hoje, Bento, com quase 5 meses, cheio de alegria e super saudável, me fortalece ainda mais e me reconecta em forma de muita gratidão a Deus e a Meishu-Sama (sou messiânica) por tudo o que precisávamos viver juntos”.
Glaucia Barreiros dos Santos, mãe de Ana Beatriz, 19 anos, e Bento, nascido em 29 de julho de 2020

Duda, o amor da vovó

Encantamento em meio às dificuldades 
“Foi em 2020 que me tornei avó. Uma experiência única, que fez transbordar em mim um amor latente. Pude acompanhar a minha filha durante a gestação porque ela e meu genro moraram por um período na minha casa e eu fiquei realmente isolada para poder ficar perto deles. Não foi fácil estar na maternidade durante a cesariana. O primeiro encontro com minha neta foi mágico. O percurso entre a burocracia na entrada da maternidade em tempos de Covid até meu olhar encontrar minha neta, no colo da mãe, foi como fazer uma oração. Desde então, todos os encontros com ela são especiais. Olhar para ela renova a vida que existe em mim, apesar de toda a dificuldade imposta por esse ano. Quando minha neta tinha dois meses, minha filha, que estava bastante isolada, teve Covid, pegou de um familiar que veio visitá-la. Esse foi o momento mais difícil de todos. Não poder me aproximar, não poder ajudar; me senti totalmente impotente e assustada. Felizmente, ambas ficaram bem, só posso agradecer ao meu genro por ter cuidado das duas. Quem nasceu em tempos de Covid já nasceu com uma capacidade incrível de se adaptar a um novo tempo. Ano dificílimo. Mas também rico em afeto”.
Heloísa Coutinho, vovó de Maria Eduarda, nascida em 21 de agosto de 2020

Cecília deixa tudo mais alegre

Ser mãe é maravilhoso 
“Minha Cecília veio de uma forma inesperada, mas logo quando descobrimos foi muita felicidade. Ela nasceu em um momento muito difícil, mas trazendo muita alegria. Tivemos dificuldade para comprar coisas para ela por conta da pandemia, tivemos que restringir as visitas. Minha mãe pegou Covid assim que Cecília nasceu e só foi conhecê-la um mês depois. Programei tudo para ela nascer de cesariana dia 8 de maio, mas ela quis vir no momento dela, e, no dia 6 de maio, às 3h40, minha bolsa estourou. Às 11h40, ela nasceu, linda, com 3,450Kg e 47cm. Apesar de todas as dificuldades deste ano, a vinda dela só me mostrou que ser mãe é a melhor experiência que existe. Nada se compara a amamentar, receber e dar carinho para esse ser tão pequeno e que ao mesmo tempo se torna tudo”.
Fernanda Albuquerque da Silva Costa , mãe da Cecília, nascida em 6 de maio de 2020

A chegada de Alice foi a realização de um sonho

Gravidez tão esperada 
“Fiquei mais de um ano tentando engravidar. E quando já não estava mais pensando nisso, descobri a gravidez, em fevereiro de 2020. Em março veio a pandemia e a quarentena. Saía para fazer exames e dar algumas aulas particulares, pois minha maior renda é autônoma. O enxoval foi feito pela internet e amigos que me deram bastante coisa. Devido à pandemia, onde eu fazia o pré-natal  não podia entrar acompanhante, então eu estava sempre sozinha em consultas e ultras. Na maternidade também não podia visita e uma pessoa tinha que se internar comigo e não poderia sair do hospital.  Tivemos que fazer o teste de Covid antes da internação que, graças a Deus, deu negativo. Alice nasceu dia 7 de outubro, às 12h48, super saudável”.
Thalita Leal Villela, mãe de Alice, nascida em 7 de outubro de 2020

 

Vitor: presente maravilhoso num ano tão difícil

Perdas e renovação
“Tive duas perdas depois da minha primeira filha. Perdas bem no início da gravidez, e começamos a investigar no ano passado. Descobri que tenho duas mutações sanguíneas relacionadas à trombofilia e uma predisposição à trombose, e meu sistema imunológico é muito alterado. Qualquer coisa estranha no meu corpo, minhas células entram em ação para poder expulsar.  Comecei a fazer um tratamento, que incluía medicação intravenosa  e anticoagulante. E parece loucura planejar uma gravidez no início da pandemia. Na verdade, já estávamos planejando antes e eu tinha duas opções: parar o tratamento que eu já tinha começado ou dar continuidade e esperar Deus agir, pois não sabíamos o que vinha pela frente. Nós decidimos continuar com o tratamento. Não foi uma gravidez fácil. Havia o medo da pandemia e a gravidade da gestação. Quase no meio da gravidez, perdemos a mãe do meu esposo, que era a matriarca da família, e foi um baque muito grande. E o Vitor veio para trazer alegria, esta renovação para nossa família, porque foi um ano muito difícil”.
Vivian Oliveira Machado Giffoni da Silva, mãe de Mirella, 6 anos, e Vitor, nascido em 9 de dezembro de 2020

Foto em destaque: Suyanne e Giovanna/Foto de família 

(2) Comentários

  1. Denise Morsch diz:

    Lindas histórias onde a vida encanta e se impõe. Que srjam todos muito felizes exque tenham um lindo Natal. Grande abraço, maior carinho a todos estes bebês.

  2. Arlete Nery diz:

    Criança em casa é luz, é a materialidade do amor!

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