Prurido gravídico

Saiba o que é e como tratar o prurido gravídico 

A gravidez pode trazer diferentes alterações na pele, e algumas delas bem desagradáveis, como o prurido gravídico (ou prurido gestacional), que causa coceira e desconforto.

– O prurido gravídico inicia-se, geralmente, no segundo ou terceiro trimestre da gravidez (em média na 21ª semana de gestação) ou no pós-parto imediato (em cerca de 15 a 25% dos casos). O prurido é o sintoma predominante. As lesões tipo pápulas e placas urticariformes que adquirem aspecto policíclico ou em alvo e que evoluem para uma erupção bolhosa generalizada, iniciam-se na região umbilical e periumbilical em cerca de metade dos casos e estendem-se a outras áreas do tronco e membros, frequentemente atingindo as palmas e plantas – explica a Ana Mósca, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A médica lembra que durante a gravidez ocorrem alterações imunológicas, metabólicas, hormonais e vasculares que podem ser responsáveis por alterações cutâneas fisiológicas ou patológicas. Mas há tratamentos para amenizar o problema.

– A corticoterapia oral é o tratamento de eleição do prurido gravídico e a maioria das doentes melhora em alguns dias. Os cremes de corticoides potentes podem ser úteis nas lesões urticariformes iniciais. Assim que houver controle, deve-se lentamente diminuir ou mesmo descontinuar os corticoides. Caso haja resistência, segundo alguns autores, a dose deverá ser novamente aumentada imediatamente após o parto, para prevenir a agudização da dermatose – diz a dermatologista.

Nunca é demais lembrar que o diagnóstico e o tratamento devem ser realizados por um médico. O prurido gravídico pode se repetir em outras gestações e mesmo aparecer após o parto.

– Em regra, ocorre remissão do quadro no final da gravidez, mas pode ocorrer agudização no período pós-parto, em 75% dos casos. Posteriormente, o quadro tem tendência a resolver espontaneamente em algumas semanas a meses.