Coruja Saúde

Queimaduras

O que fazer e o que não fazer em caso de acidentes 

Da chama direta do fogo à ardência causada pela exposição ao Sol, há vários tipos de queimaduras na pele. E, claro, várias maneiras de se prevenir. Mas se o acidente doméstico envolver esse tipo de situação, você sabe o que fazer? Procurar um médico é sempre o mais indicado, mas é possível aliviar a dor e, principalmente, não piorar ainda mais o problema, quando os primeiros socorros são adequados. A pediatra Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D’Or destaca alguns procedimentos que podem ajudar muito no atendimento e outros que nunca devem ser realizados em caso de queimaduras.

O primeiro cuidado é saber reconhecer a gravidade da queimadura. E para isso é preciso considerar a causa e a extensão das lesões.

– Queimaduras de face, mãos, pés e genitálias e as causadas por eletricidade sempre devem ser avaliadas de forma urgente e pelo médico independentemente dá extensão e intensidade das lesões aparentes. As demais queimaduras serão tratadas de acordo com a sua intensidade, sendo a mais superficial as queimaduras de primeiro grau (por exemplo a vermelhidão que ocorre na pele após a exposição solar), as queimaduras de segundo grau já serão dolorosas e acompanhadas de bolhas (como, por exemplo, quando derruba-se água fervente sobre a pele). As queimaduras de segundo grau podem ser mais superficiais (mais dolorosas) ou profundas, nesta situação as bolhas são de cor esbranquiçada e mais secas, e há grandes riscos de deixarem marcas. As queimaduras de terceiro grau são as profundas e acometem todas as camadas de derme, são extensas e geralmente indolores. Estas queimaduras deixarão cicatrizes e são graves risco a vida, quando extensas, podem causar grave desidratação, choque por desequilíbrios hidroeletrolíticos, e indicamos sempre internação hospitalar – explica a médica.

Se a queimadura for leve, o ideal é colocar o local lesionado debaixo de água corrente. Isso diminui a temperatura da pele e alivia a dor. Mas, ressalta a pediatra, nunca se deve aplicar pasta de dente, pó de café, margarina, óleo e nem mesmo pomadas de assaduras, dessas usadas em bebês.

– Nenhuma pomada de proteção de assaduras deve ser usada em queimaduras. O melhor é hidratar a pele com hidratantes ou vaselina. A sulfadiazina de prata é uma medicação (unguento) que pode ser aplicada nas queimaduras de segundo grau, mas idealmente após a avaliação médica – diz Carla Dall Olio.

O aparecimento de bolhas é mais um motivo para procurar ajuda médica. As bolhas não devem ser removidas de forma alguma.

– A bolha é uma proteção, funciona como um curativo natural da pele lesada e nunca deve ser retirada a menos que o médico indique e realize este procedimento. As queimaduras de segundo grau devem ser avaliadas pelo médico, pois as bolhas podem precisar ser removidas (debridadas) – explica.

E não pense que criança só não pode brincar com fogo. A diversão em praia, piscina e qualquer outro ambiente em que ela fique exposta aos raios solares pode ser muito prejudicial à pele. A vermelhidão e a ardência causadas pelo Sol são, sim, um tipo de queimadura.

– Esta vermelhidão após a exposição solar é um exemplo de queimadura de primeiro grau. Podemos usar hidratantes ou vaselina, além de analgésico leve, pois causa incomodo e até dor. Use o analgésico que seu pediatra indique na dose adequada ao peso do seu filho – orienta Carla.

Veja o que fazer e o que não fazer em caso de queimaduras:
* Se a queimadura for leve, o ideal é colocar debaixo de água corrente por 15 minutos para diminuir a temperatura da pele e aplicar pomada apropriada para esse tipo de lesão.
* Se a extensão queimada for grande o recomendado é levar a criança para a emergência pediátrica.
* Não passar a região queimada no cabelo, pois o atrito pode agravar a lesão.
* Não usar substâncias abrasivas como creme dental e pó de café, pois a porosidade pode causar infecção na pele que já está lesionada.
* Não passar margarina ou óleos.

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