Médico orienta sobre vacina contra HPV e primeira visita ao ginecologista
O dia 8 de março tem um forte simbolismo em relação aos direitos da mulher. Do direito a oportunidades no mercado de trabalho, ao estudo, à independência e respeito nas relações sociais. Aproveitamos a data para falar da saúde da mulher, que é também um direito. Segundo dados do Ministério da Saúde, o papiloma vírus humano (HPV) é o principal responsável pelo câncer de colo de útero, doença que mata cinco mil mulheres por ano no país. Mas há vacina para evitar o contágio, que acontece por relação sexual. E a proteção começa já na infância, pois a vacina é indicada para meninas a partir de 9 anos.
– A vacina é indicada entre 9 e 11 anos, porque a menina não começou vida sexual, por isso previne uma contaminação. Com 11 anos é idade ideal, porque ela é capaz de produzir maior quantidade de anticorpos contra vírus – explica o ginecologista e obstetra Julio Alzuguir.
O esquema vacinal do Ministério da Saúde passou, este ano, a ter duas doses (antes eram três), com a segunda sendo aplicada seis meses após a primeira. Meninas que ainda não tomaram a vacina podem procurar um posto de saúde para atualizar a carteira de vacinação. A vacina contra o HPV também é encontrada em clínicas particulares.
Como o cuidado começa cedo, é importante os pais estarem atentos ao calendário de vacinação das filhas e também às transformações no corpo das meninas. Segundo Alzuguir, é recomendável procurar um ginecologista no início do aparecimento de pelos e mamas. Já o exame preventivo, explica o médico, só poderá ser colhido completamente após o início da vida sexual.