O ideal é aguardar a liberação do médico para retomar a vida sexual
São muitas as mudanças na vida das mulheres nas primeiras semanas após o parto. Quase não se tem tempo para nada. No caso de sexo, nem tempo nem disposição. A falta de desejo é muito comum nesta fase.
– Vários fatores justificam esse cenário: o cansaço físico dos primeiros meses, a privação de sono, a amamentação, a mudança do dia a dia com a chegada do bebê e o novo cenário hormonal que se estabelece – explica a ginecologista e obstetra Carolina Carvalho Mocarzel.
Tão comum quanto a falta de desejo é a dúvida em relação ao sexo durante o resguardo. Afinal, pode ou não pode?
– O ideal é que a paciente retorne a vida sexual após avaliação do médico. Vários fatores influenciam na liberação para a vida sexual: o tipo de parto, as possíveis intercorrências no parto e a evolução do pós parto. A paciente deve ficar de 30 a 40 dias sem vida sexual, mas cada caso deve ser avaliado individualmente na consulta de revisão pós parto – lembra a médica.
Segundo Carolina Mocarzel, além de acompanhar a saúde da mulher, a consulta de revisão pós parto é muito importante para esclarecer uma série de novas situações:
– A consulta deve tratar de assuntos como: blues puerperal, ou seja, momento que a mulher fica mais emotiva e mais chorosa; mudanças do corpo no pós parto e perspectivas de melhora; amamentação; relação com o marido no novo cenário de vida; rever pontos da rotina do bebê; vida sexual e atividade física.
Além disso, é dar tempo ao tempo e curtir o bebê.
– O resumo da vida sexual no pós parto é: aguarde a liberação do médico. O ressecamento vaginal é uma queixa muito frequente, às vezes pode ser desconfortável, tenha calma que tudo voltará ao normal, mas às vezes leva tempo – diz a ginecologista, que tem clínica própria.