Gestantes, puérperas e bebês a partir dos 6 meses devem tomar vacina da gripe
A vacina da gripe foi liberada para toda a população no começo de junho. A imunização é importante, pois não se trata apenas de evitar um mal-estar, mas complicações mais graves. O vírus da influenza, por exemplo, pode levar à morte – segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 25 de maio, tinham sido registrados 222 óbitos decorrentes do vírus da Influenza -, e alguns outros necessitar de internação.
Até bebês devem ser imunizados. A vacina só não é indicada para os menores de 6 meses. As gestantes, além de se protegerem, protegem o neném, que recebe os anticorpos pela placenta e pela amamentação. A campanha de vacinação contra a gripe é anual porque os vírus respiratórios sofrem mutações frequentes.
Coordenador da equipe de Clínica Médica do Grupo Perinatal, Roger Rohloff, explica que a gripe se diferencia do resfriado comum pelo comprometimento da traqueia, dos brônquios e dos alvéolos pulmonares pela infecção. “Quando estamos resfriados, a infecção ocorre de maneira mais leve e localizada nas vias áreas superiores”, diz o médico, explicando que, nesses casos, pode haver dor de garganta, tosse discreta, coriza e congestão nasal. Já na gripe, além dos sintomas do resfriado, é comum sentir febre elevada, dor de cabeça, cansaço e dores musculares ou articulares.
Grávidas e mulheres com recém-nascidos podem tomar a vacina da gripe
Gestantes e puérperas não só podem tomar a vacina como estão nos grupos prioritários. A vacina pode ser tomada em qualquer período da gestação e após o parto, lembra Roger Rohloff. Segundo ele, crianças que estão com resfriado podem tomar a vacina, mas é recomendável consultar seus pediatras antes.
– É importante ressaltar que a vacina somente passa a conferir proteção após duas a três semanas de sua administração. Crianças entre 6 meses e 8 anos não vacinadas anteriormente, devem receber uma segunda dose, após intervalo de pelo menos quatro semanas. Pacientes com doenças febris agudas devem aguardar a melhora do quadro para receberem a vacina. Crianças com quadro leves de resfriado, sem febre, devem ser avaliadas sobre a possibilidade de aguardar ou não a melhora clínica para serem vacinadas – recomenda Rohloff.
Para os que tem medo de reações à vacina, o médico explica que as mais comuns costumam durar até dois dias.
– As mais comuns, que afetam 1 a 10% das pessoas, costumam durar apenas um ou dois dias e são: dor de cabeça, dor muscular ou nas articulações, febre, mal estar e vermelhidão no local da injeção intramuscular.
E tão importante quanto a imunização é a prevenção do contágio. A pessoa gripada pode evitar a transmissão cobrindo a boca ao tossir. higienização das mãos, estando gripado ou não, é fundamental. “Quando qualquer pessoa entrar em contato com as mãos ou superfícies tocadas por pessoas gripadas, elas devem realizar a limpeza das mãos com água e sabão ou solução de álcool-gel, mantendo o cuidado para não tocar nos próprios olhos, nariz ou boca, que possuem mucosas por onde o vírus da gripe penetra no organismo humano”, recomenda Roger Rohloff.
Foto em destaque: Divulgação/Perinatal