Fazendo o bem por meio de voluntariado à distância
Há várias formas de fazer o bem e, em tempos de isolamento necessário por conta da pandemia de Covid-19, uma delas é por meio da internet. O voluntariado à distância tem ganhado força num mundo em que as relações virtuais são cada vez mais comuns. E quando as crianças e jovens podem participar, fica melhor ainda.
Depois de implementar as aulas online, o Colégio Cruzeiro lançou a Central do Voluntariado, convidando alunos, responsáveis, ex-alunos, professores e colaboradores da instituição a participarem de atividades solidárias à distância. O projeto de Ação Social, que já era realizado pela escola, passou a cadastrar voluntários para ações que possam ser realizadas sem o contato físico. De doação de cestas básicas a consultoria jurídica, passando por dicas de saúde e atividades artísticas, não faltam oportunidades de ajudar quem precisa.
– Há mais de 10 anos, a Ação Social desenvolve um trabalho de forma presencial nas instituições parcerias e apoiando campanhas e ações dessas instituições. Nesse momento em que vivemos, em que é necessário o distanciamento social, não poderíamos parar e encontramos nesse projeto uma maneira de ajudar, mais do que nunca, a quem precisa. Começamos apoiando nossos parceiros em suas campanhas e atuando, em conjunto com alunos, responsáveis e colaboradores, em ações como envio de mensagens de carinho e conforto a idosos via nossas redes sociais ou WhatsApp, criação de vaquinhas virtuais para compra de cestas básicas e material de EPI, entre outros. Mas a solidariedade e o apoio de todos foi crescendo e resolvemos expandir nossas ações e reunir diversas formas de voluntariado em um só canal, sendo a ponte entre as instituições e quem gostaria de ajudar – explica Luciane Hentschke, coordenadora do programa de Ação Social da Sociedade de Beneficência Humboldt, mantenedora do Colégio Cruzeiro.
Voluntariado à distância não diminui afeto
É claro que o carinho da relação pessoal faz falta. Os alunos estavam acostumados a brincar com crianças de instituições parceiras, realizar jogos e outras atividades de interação. Mas os gestos de afeto à distância não são menores.
– Podemos afirmar que a distância física não tem nos impedido de fazer o bem. Estamos presenciando um momento de muita solidariedade e ajuda ao próximo. As pessoas, ao saberem que existe a oportunidade, não têm medido esforços em colaborar. Muitos nos escrevem buscando uma luz para saber como podem participar, exercitando solidariedade, compaixão, dando sentido especial à vida – diz Luciane.
Aumento de vagas de voluntariado à distância na plataforma Atados
Na plataforma de voluntariado Atados, a mobilização virtual também tem sido grande. De março para cá, o aumento de acesso no site foi de 120%, informa Gabriel de Faro, coordenador da Atados no Rio de Janeiro. A quantidade de vagas para trabalhos voluntários à distância oferecidas na plataforma também cresceu bastante.
– Antes, essas vagas representavam 10% da oferta e hoje chegam a 98% – diz Gabriel, para quem a situação atual acabou mostrando a importância do papel das ONGs. – Poucas pessoas entendiam o protagonismo das ONGs na cadeia de solidariedade. São elas que fazem chegar a ajuda, que compram ou recebem doações e distribuem a quem precisa.
Os interessados em contribuir, de alguma forma, com o trabalho desenvolvido pela Atados também encontram variadas formas de atuar. Variedade que mostra como a ajuda pode se dar de diferentes maneiras, de acordo com a necessidade e a disponibilidade de cada um.
Iniciativas como a do Colégio Cruzeiro e da Atados facilitam a vida de quem quer ajudar e fazem muita diferença na vida de quem precisa dessa ajuda. Compartilhe com a gente outras ações importantes como essas.
Foto em destaque: @artearamimar