Família Na Estante

Diversidade na Biblioteca

Jornalista Luciana Calaza dá dicas de livros infantis que abordam as diferenças e reforçam o respeito entre as crianças 

Peixinhos-Peixinhos-Claudia-Bielinsky-114247Então, seu filho entra na fase dos porquês. E quer saber por que a cor de uma pessoa é diferente da dele, ou por que aquele homem é tão grandão, ou aquela moça é tão baixinha. E por que aquela outra criança usa cadeira de rodas e aquele amiguinho da escola não fala? Taí uma oportunidade de ensinar seu pequeno sobre diversidade. E os livros infantis podem ser ótimos aliados para esse aprendizado.

O “Tudo bem ser diferente”, de Todd Parr (Panda Books), traz essa mensagem para crianças de todas as idades: todos somos diferentes e isso é muito bacana! Tudo bem usar óculos, ser tímido, ter um nariz diferente, usar cadeiras de rodas… A ideia é que as crianças possam ser sentir seguras sendo elas mesmas, sem sentirem a necessidade de se adequar ao que consideram “normal”.

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Para os pequeninos, que ainda estão aprendendo a se divertir com a “leitura”, “Peixinhos, peixinhos!”, de Cláudia Bielinski (Cia das Letrinhas), mostra que tem cada peixe engraçado no mar! Tem peixes redondos e outros finos e compridos… Tem peixes pretos, brancos e coloridos… Tem peixes elegantes e outros totalmente descabelados! Mas, felizes por estarem juntos, todos fazem a festa no oceano! Isso não é lindo?

flictsPara crianças maiores, o clássico “Flicts”, de Ziraldo, editado pela primeira vez em 1969 (ou seja, é um velho conhecido da maioria das mamães e dos papais!), conta a história de uma cor “diferente”, que não consegue se encaixar no arco-íris, nas bandeiras e em lugar nenhum. Mas, por mais diferentes que sejam, todos possuem seu lugar no mundo. E Flicts também encontra seu lugar.

Como eu sou mãe de um menininho autista, tenho um livro para indicar que fala de autismo – sem usar a palavra autismo, o que eu lamento. É um livrinho da coleção Charlie e Lola. A pequena Lola conhece Morten, o irmãozinho do melhor amigo de Charlie. Acontece que Morten chega e não fala uma palavra nem se anima com nenhuma das brincadeiras que ela tanto planejou. Até que, desanimada, ela começa a fazer borbulhas com seu leitinho cor-de-rosa. E Morten cai na gargalhada! A partir daí, eles conseguem estreitar laços. Um jeito legal de mostrar que as crianças com autismo podem parecer distantes às vezes, mas sempre se pode encontrar coisas em comum.

Luciana Calaza é jornalista, autora do blog Nosso Príncipe Felipe, mãe de Felipe, de 9 anos, e Rafael, de 4 anos

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