Destaque Lazer

Quem disse que não dá para ir ao cinema com o bebê?

Pensando em viabilizar o lazer dos récem-papais e mamães, o Cine Materna oferece sessões especiais

“O momento é lindo, de várias descobertas, uma sensação maravilhosa. Mas não se pode negar que os primeiros meses do bebê dificultam bastante o lazer das mamães e, muitas vezes, dos papais também. Pegar um cineminha? É quase impossível. Quase. O Cine Materna está aí para mostrar que é possível, sim”

Lucas está com cinco meses de idade e já foi oito vezes ao cinema. Davi tem um mês e meio e acompanhou a mamãe em uma sessão do Espaço Itaú Botafogo, neste sábado, dia 21, pela primeira vez. Os dois se comportaram muito bem enquanto os pais assistiam ao filme. E mesmo que não se comportassem não haveria problema algum. Quase metade do público que assistia pela telona a “Rush – No limite da emoção” era de bebês como eles. E todos estavam lá graças ao Cine Materna, programa que possibilita pais, e principalmente mães que deram à luz recentemente, curtirem um cineminha acompanhados dos pequenos.- Soube do Cine Materna logo que fiquei grávida. A primeira vez que fui, o Lucas estava com um mês e meio. Foi em São Paulo, e a sala estava lotada – lembra a publicitária Karina Rosa, 28 anos.

Karina e Victor Santos vão ao Cine Materna com Lucas. Foto: Marta Paes
Karina e Victor Santos vão ao Cine Materna com Lucas. Foto: Marta Paes

Na sessão de “Rush”, ela estava acompanhada do marido, o engenheiro Victor Santos, 28.

– Gostamos porque é um programa que podemos fazer com ele – diz Victor.

Karina recebe por e-mail a programação do mês e, se Victor não pode ir, ela vai sozinha com o bebê.

– É bom porque mesmo que ele chore, as outras pessoas compreendem – diz Karina.

O espaço é todo preparado para receber crianças de até um ano e meio. E choro e resmungo, neste caso, são inevitáveis, assim como as trocas de fraldas. Também é muito comum alguns pais se levantarem para ninar os filhos. O som é mais baixo do que o tradicional nas salas de exibição. O ar-condicionado também é programado para não deixar o ambiente gelado, e, em vez da escuridão, uma penumbra, que permite cuidar das crianças sem prejudicar a experiência do cinema. E, acredite, é possível assistir ao filme.

A professora Márcia Costa, 32, adorou a primeira ida ao cinema depois de dar à luz a Davi.

– Eu comentei com uma amiga que não poderia ir ao cinema tão cedo, e ela indicou o Cine Materna. Adorei e pretendo voltar, pois moro em Cabo Frio e lá não tem – conta Márcia.

Cada sessão do Cine Materna é acompanhada por duas voluntárias, que preparam o ambiente com trocadores e tapete para as crianças brincarem.

– Tem o tapete para as brincadeiras, mas não se trata de um parquinho. O programa é para adultos. Os filmes são para adultos – explica a cenógrafa Raquel Santos, 30, que conheceu o projeto como espectadora, em 2009, quando o filho, Samuel, estava com nove meses, e hoje participa como voluntária. – Comemorei o aniversário de um ano do meu filho aqui, assistindo ao filme “Simonal – Ninguém sabe o duro que dei” – lembra.

O Cine Materna existe desde 2008 como iniciativa de um grupo de mães que sentiam falta de “pegar um cineminha” na época em que os filhos eram bebês. A escolha dos filmes é feita pelos próprios interessados, em votação pelo site. As próximas sessões são na terça, 24, no Kinoplex Shopping Tijuca, às 14h (“Os estagiários”) e na quinta, 26, no Cinépolis Lagoon, também às 14h (“As bem-armadas”). É um programão!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *