Lazer

Solidariedade natalina

As crianças da creche-escola Patotinha da Aldeia Foto: Paula Giolito.

Campanhas de arrecadação de brinquedos, roupas e alimentos por um Natal melhor a cada ano     

Acima, os pequenos da Patotinha da Aldeia. Foto: Paula Giolito

Este espaço é dedicado a sugestões de lazer, mas é impossível, nesta época, não pensar em crianças que quase não têm opções para se divertir. Há muitas campanhas e ações de solidariedade realizadas o ano inteiro, mas a proximidade do Natal costuma aumentar esse movimento.

Um exemplo tradicional e muito conhecido é o Papai Noel dos Correios, que completa 24 anos e mobiliza pessoas de todo o país. Nos últimos três anos, foram cerca de 1,5 milhão de cartas “adotadas” em prol de um Natal mais feliz.

O Shopping Via Brasil também realiza campanha semelhante, intitulada Papai Noel Solidário. Até o dia 15 de dezembro, os clientes podem escolher um pedido entre as cartas de crianças de duas instituições. As doações são feitas no próprio shopping ( Rua Itapera, 500, Irajá).

O Instituto GPA promove neste sábado e no próximo dia 7 campanha para arrecadar 2 mil toneladas de alimentos de primeira necessidade, o equivalente a 3 milhões de refeições. Para cada dez quilos arrecadados, o instituto doará um quilo suplementar. A ação vai acontecer nos supermercados Pão de Açúcar, Extra e Assaí.

Mas há ações de formiguinhas, realizadas por várias pessoas país afora, que fazem tão bem quanto os grandes projetos. A fotógrafa Paula Giolito, por exemplo, acaba de arrecadar presentes para cerca de 60 crianças da creche da ONG Patotinha da Aldeia, de São Pedro da Aldeia (RJ).

– Quando eu era pequena,  meus pais costumavam “apadrinhar” crianças no Natal. E em diversas épocas do ano ajudávamos como fosse possível. Sempre foi um costume na família ajudar aos que tinham necessidade. Somos espíritas, e a caridade sempre esteve presente nas ações do centro que íamos. Ajudar ao próximo é uma atitude natural para mim. E sei que é uma atitude que pode melhorar, e muito, o dia, o mês – diz Paula.

Este ano, ela envolveu colegas do trabalho e amigos para levar alegria aos pequenos da creche.

–  Pensar nessas 60 crianças que não têm acesso às coisas de criança me fez querer impulsionar essa ação e tentar tocar as pessoas para que ajudassem da forma que fosse possível. Foi incrível ir às compras e escolher roupas e brinquedos pensando em cada rostinho e ver que aquele dinheiro arrecadado seria mais que suficiente. Foi a melhor sensação que tive. Essas ações servem para perceber que roupas e itens caros são supérfluos, já que com menos de R$ 50 conseguimos comprar short, camisa, cueca ou calcinha, meia, calçado e brinquedos para uma criança que talvez não fosse receber nada do Papai Noel. E, afinal, o que são cinquenta reais para nós? É muito para eles – avalia Paula.

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