Um momento individual em meio a tantas atividades coletivas
A rotina de uma creche é repleta de atividades, horários e compromissos. Para quem trabalha nessas instituições, o ritmo muitas vezes é acelerado e, além da responsabilidade, é, também, necessária muita organização. Ainda hoje, podemos afirmar que existem creches que se dedicam apenas ao cuidado, valorizando o bem-estar físico e as necessidades biológicas, e creches que focam apenas nas questões pedagógicas, valorizando os conteúdos curriculares, deixando de lado o afeto, por exemplo.
Há algum tempo, vem surgindo discussões e aprofundamentos teóricos a partir dessas rotinas e o que se busca, justamente, é o meio-termo, encontrar o equilíbrio entre os cuidados e a chamada escolarização. Pesquisadores afirmam que, dentre as rotinas estabelecidas, a hora do banho pode ser considerada um dos maiores desafios que os profissionais da creche enfrentam diariamente. É necessário um extremo cuidado com a higienização do local, separar os pertences de cada criança (sabonete, xampu, toalha, fralda…), regular a temperatura da água, sempre respeitando as necessidades individuais de cada criança e também acompanhando a temperatura do dia. Além disso, é preciso ter sensibilidade para perceber como a criança está naquele dia. Dar banho em uma criança com sono, por exemplo, só lhe dará desconforto. Por isso, muitas vezes, esse momento é marcado pela mecanização, como também pela falta de objetivos educacionais.
No entanto, o banho dado cotidianamente permite além da higiene corporal, um grande momento de trocas com o adulto que o banha. É importante que o toque seja feito com as próprias mãos, evitando o uso de esponjas, buchas ou luvas e durante esse momento explique à criança que ações está realizando. Isso estimula os pequenos a participar com mais autonomia, fazendo com que eles entendam a importância da higiene ajudando com pequenas ações, como lavar as próprias mãos e a levantar os braços, por exemplo.
O banho estimula também a autonomia da criança na hora de se despir e vestir. Aos poucos, à medida que a criança vai crescendo, podemos estimulá-la a realizar essas ações sozinha. A hora do banho está longe de ser um processo mecânico, muito pelo contrário, esse momento precisa de disponibilidade e um bom planejamento, para se transformar em uma atividade lúdica e num espaço interativo. O banho é um momento especial, de atenção individualizada. Todas as outras atividades da creche são realizadas de forma coletiva, mas o banho é exclusivo e isso favorece uma aproximação muito rica em afeto e aprendizagem, tanto para a criança como para o profissional.
Não concordo!! Porque o texto não visa a realidade das creches brasileiras. São muitas crianças pequenas para uma só adulto, muitas vezes não tem ajuda nenhuma e quando tem é com tempo limitado, já quê, é uma ajudante para escola toda, na minha realidade. Quando damos banho não temos esse tempo romântico todo. Temos todo um trabalho pedagógico e tentamos desenvolver aprendizagem e autonomia, mas muitas vezes nem a estrutura da escola permiti isso. A realidade é triste!! Mas damos o melhor!!
Concordo plenamente pois a realidade das creches conveniadas no Brasil é totalmente caótico devido à deficiência de recursos humanos, ou seja, falta de assistente de turma para cada sala de aula ,infra-estrutura, entre outros complicadores e sem contar o salário do professor de creche.
O texto nos permite ver o que é certo, porem as adequações são feitas de acordo com cada realidade, portanto isto não nos dá o direito de concordar ou discordar do texto e até mesmo de mensurar ” tempo romântico”! Talvez o que está faltando em nós é união! Somos fazedores de criticas destrutivas e esquecemos que temos um grande poder de transformação em nossas mãos. Estou na direção de uma creche filantrópica, tudo é muito escasso, porém a união, o amor, a sabedoria Divina é o nosso LEMA. Transformamos o impossivel em possivel,porque acreditamos que onde reina o amor Deus ali está. Paz e bem a todos.
Concordo com você em número e grau!Disse tudo e mais um pouco,e com tudo isso o profissional fica esgotado!
A professora concursada é obrigada a limpar a criança nas suas necessidades fisiológicas