O susto é inevitável. O perigo é real. Crianças e bebês precisam de socorro imediato em caso de engasgos. Mas o que devemos fazer quando um bebê ou criança se engasga?
A manobra de Heimlich é o procedimento mais indicado. Mas, segundo José Antônio Pires, enfermeiro da maternidade Perinatal Rede D’Or e especialista no tema, é importante que quem realize o procedimento esteja seguro de como fazer.
– Esse é o método mais seguro para desobstrução das vias aéreas. O adulto deverá virar o bebê de costas para si e inclinar sua cabeça um pouco para baixo. Em seguida, bater por até cinco vezes entre as escápulas. Ainda sim, se o engasgo for mantido é necessário virar o bebê de frente e realizar cinco compressões torácicas com os dois dedos abaixo da linha dos mamilos ainda no osso esterno – explica.
Nem todos têm conhecimento e/ou destreza para realizar a manobra de Heimlich. Fundamental mesmo é não tentar resolver a situação com outros procedimentos que, além de não ajudarem, podem piorar ainda mais a situação.
Veja o que NÃO se deve fazer em caso de engasgos em crianças e bebês e o por que tais procedimentos devem ser evitados, segundo o enfermeiro.
Respiração boca a boca
“Muitas pessoas pensam que isso pode ajudar. Não ajuda, apenas dificulta a respiração do bebê e empurra o que está engasgando”.
Desobstruir as vias com as mãos, no caso de engasgo com objetos
“Caso não visualize o objeto ou o alimento, não insira os dedos dentro da boca do bebê. Isso pode empurrar mais o objeto ou alimento”.
Virar de forma bruta de cabeça para baixo
“Feito isso, o bebê sai completamente da sua ação de defesa devido ao excesso de estímulo”.
Soprar no rosto do bebê
“Trata-se de uma lenda popular que não colabora em nada para a desobstrução. Pelo contrário, atrapalha”.
Jogar o bebê para o alto ou chacoalhar
“Levantar ou chacoalhar o bebê é extremamente prejudicial. Pode causar lesões, além de não resolver o problema”.
Veja os procedimentos corretos da manobra de Heimlich, com orientações do enfermeiro José Antônio, nos vídeos da Perinatal.
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