A maioria das crianças está voltando às aulas nestas primeiras semanas de fevereiro, com o início do ano letivo em várias instituições de ensino. Para muitas, um momento de reencontrar amigos após as férias. Para outras, uma completa novidade, chegando em escolas novas, sem conhecer ninguém. É preciso se adaptar a um novo espaço, novas pessoas, nova rotina. Por isso a necessidade de se entender o processo de adaptação escolar.
O período de adaptação escolar é muito importante para os pequenos, que experimentam pela primeira vez o afastamento da família para ficar, por algumas horas, em um ambiente totalmente novo para eles. É comum o choro da criança e o coração apertado de muitos pais. E aqui, no Quem Coruja, já mostramos o que esperar da adaptação escolar e como a família pode ajudar nesse processo.
– A questão da adaptação varia de escola para escola e de acordo com a faixa etária do aluno. Conforme a criança vai crescendo, o tempo necessário para adaptação vai diminuindo. Mas o que se espera da escola? Espera-se que ofereça horário alternativo para crianças menores. É importante respeitar o tempo da criança e o da família, tendo um local para os pais aguardarem, por exemplo. Espera-se que a escola tenha um planejamento adequado para cada faixa etária. E que o professor esteja ali observando a necessidade de cada criança e de cada família. Professor e escola precisam dar acolhimento à família que está insegura, ansiosa, mostrando que a segurança dos pais é determinante para a segurança que a criança vai sentir na escola. Os pais precisam confiar na escolha que fizeram. Toda mudança gera medo, ansiedade, e isso é normal. É uma fase, vai passar – explica a pedagoga Andréa Rodrigues, na matéria Adaptação escolar (leia na íntegra).
Adaptação escolar não se restringe à Educação Infantil
A adaptação escolar não se restringe ao segmento da Educação Infantil. Uma criança maior ou mesmo um adolescente já no Ensino Médio pode, sim, ter dificuldades, ou pelo menos algum receio, com a mudança de colégio.
– Para as crianças, mudar de escola não significa apenas ir para outro colégio, mas sim mudar de rotina, de amigos, de professores e, principalmente, de ensino. Alguns mudam também de horário e, às vezes, até a forma de ir para a escola. Se antes eram os pais que o levavam, agora pode ser um transporte escolar. Todas essas mudanças influenciam diretamente no processo de adaptação – avalia Andréa, ressaltando a questão da mudança das relações sociais. – Para os maiores, essa mudança pode causar certa rejeição, pois significa perder o contato social com um grupo onde era bem aceito. Fazer novas amizades nem sempre é fácil. Cabe aos pais acompanhar o desenvolvimento dos filhos na nova instituição. É preciso ficar atento ao crescimento não só no rendimento escolar, mas também nas novas relações sociais que irá estabelecer – explica a pedagoga no artigo Mudança de escola (leia na íntegra).
Imagem em destaque: de OpenClipart-Vectors por Pixabay
