O espaço todo ambientado para parto natural funciona na Perinatal Laranjeiras
O sonho da maternidade, para muitas mulheres, começa no tipo de parto. Dar à luz de forma natural, com mínima intervenção médica, é uma escolha de várias gestantes. Pensando nelas, a Perinatal Laranjeiras acaba de inaugurar o Centro de Parto Natural, um ambiente criado exclusivamente para essa experiência.
Queixa ainda comum entre gestantes, no entanto, é a dificuldade de realizar o sonho quando o atendimento é feito por plano de saúde, devido à forte cultura de cesarianas no Brasil. Segundo Regina Gonzalez, diretora de operações da Perinatal Laranjeiras, o centro foi criado para incentivar o parto normal, além de estimular o vínculo entre mãe e bebê ainda no primeiro contato. Nos últimos três meses, foram registrados 115 partos naturais na unidade.
São três salas, externas ao Centro Cirúrgico, com banheira para relaxamento, hidromassagem, cromoterapia, aromoterapia, cadeirinha, barra e gancho no teto para os exercícios de relaxamento. “Ao nascer, o bebê não vai para o berçário. Todas as mensurações e primeiros cuidados são realizados naquela acomodação. Elas foram preparadas para isso. Nem durante a transferência para o quarto mãe e filho se separam. Ali já estimulamos a primeira mamada, valorizando a ‘Hora de Ouro’. Esse método preserva o contato e elo entre o binômio, incentiva a produção de leite e tranquiliza a paciente”, diz Regina.
O uso das salas, explica a diretora de operações, não tem nenhum custo adicional para a gestante, que pode ser encaminhada para o Centro de Parto Natural, apresentando a partir de 5cm de dilatação, e lá permanecer até o nascimento do neném.
O Quem Coruja acredita que o melhor parto é aquele desejado pela gestante e feito com segurança para mamãe e bebê. E como estamos falando de parto natural, seguem relatos de mulheres que foram muito felizes ao realizarem o procedimento. Que tenhamos muitas e muitas outras histórias bacanas para contar aqui. Compartilhe a sua conosco também!
“Desde que engravidei, sempre decidi pelo parto natural. Acho que por ser profissional da área de saúde, isso ficou embutido em minha cabeça. Sabia que a recuperação seria mais rápida. Cesárea somente em último caso. Acredito também que o fato de a obstetra ser uma grande incentivadora do parto natural favoreceu muito para que o meu desejo fosse aceito. O parto foi realizado no Hospital Quinta D’Or, há 14 anos. Entrei em trabalho de parto muito rápido. Foi fantástico! Recomendo a todas as mulheres”.
Juliana Alvim, enfermeira da Aeronáutica, sobre o nascimento de Alicia
“Na primeira gestação, meu desejo era ter um parto normal, vivenciar o trabalho de parto e deixar o bebê vir ao mundo na sua hora. Não aconteceu. Acabei com uma “indicação” de cesariana porque o médico precisava ir a um congresso. Na segunda gestação, busquei informação e tive meu filho de parto natural. Em 2013, pouco se falava em parto normal/natural. Havia poucos grupos de parto para troca de informações. Consegui uma equipe depois de trocar quatro vezes de obstetra. Foi uma saga. Meu filho nasceu na Perinatal de Laranjeiras. Foram dez horas de trabalho de parto. Sem intervenção, episiotomia ou qualquer indução. Não havia planejado ter na água, mas entrei na banheira para relaxar, e ele nasceu. Um bebezão de 3,920kg, num parto natural, pós-cesárea. Foi muito melhor do que eu imaginava”.
Graziella Velasco, nutricionista, sobre o nascimento de Heitor
“Sempre quis fazer parto natural por tudo o que já tinha lido a respeito em relação à saúde do bebê e da mãe. Tive dificuldade de encontrar médico. O plano de saúde não cobria. A ginecologista que me atendia há anos disse que não fazia parto normal. E sei que várias amigas passaram por situação semelhante. Pesquisei bastante, e, no Rio, são poucos profissionais que fazem parto natural. Fiz particular, foi bem caro. Mas resolvi investir dinheiro, pois acreditava que valia muito a pena. Meu parto foi na Perinatal, eu não quis anestesia, e foi muito tranquilo. Faria tudo de novo. Aliás, pretendo fazer, pois quero ter outro filho. Fiquei um dia inteiro em trabalho de parto. Cheguei na Perinatal às 22h e fui para a sala de parto quase uma da manhã. Meu filho nasceu às 4h. Tive laceração grau 3 porque, no final, já não queria mais que o médico encostasse em mim e fiz tudo sozinha. Mesmo assim, a recuperação foi tranquila”.
Biatriz Xavier Dantas Machado de Faria, administradora, sobre o nascimento de Bettina