O Brasil é o primeiro país a receber a Escola Chinesa Internacional (ECI), instituição que segue o sistema básico de educação da China. A escola foi inaugurada este ano, em Botafogo, no Rio de Janeiro, iniciando o ano letivo em fevereiro. A ECI integra os currículos educacionais da China e do Brasil, e os alunos recebem dois diplomas, o brasileiro e o chinês. O corpo docente é formado por professores com certificação internacional, vindos da China, Brasil e Estados Unidos. Como o material didático é todo na língua chinesa, as crianças aprendem mandarim.
– A ECI iniciou suas atividades com ênfase na educação infantil, de 1 a 6 anos. Adota-se o Ensino Montessori num amplo espaço (150 metros quadrados), com seis áreas de atividades diferentes onde todos os alunos têm contato com o mandarim, inglês e português. Atualmente, para entrar no ensino fundamental é necessário saber mandarim, pois o material didático é todo na língua chinesa. Futuramente, teremos turmas até o ensino médio – diz Yuan Aiping, diretora geral da ECI.
Apesar do idioma, a escola não é voltada apenas para a comunidade chinesa. A ECI é aberta a todos e, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, já despertou bastante interesse por aqui.
– Implementar a primeira Escola Chinesa fora da China já é um desafio e tanto. Em meio a pandemia, ficou ainda mais complexo. Mas conseguimos focar e tivemos uma ótima receptividade por conta dos brasileiros e chineses que moram no Rio de Janeiro, a notícia correu rápido e logo tivemos as visitas para conhecer nossa escola e essas visitas foram se transformando em matrículas. Se não fosse a pandemia, teríamos o dobro de alunos. Como reduzimos nossa capacidade, optamos por criar uma fila de espera – conta a diretora.
Ábaco e aritmética mental, sinologia, caligrafia, kung fu, robô inteligente e xadrez internacional são disciplinas eletivas oferecidas pela instituição.
