Criado para conscientizar sobre a importância do exame para a saúde dos bebês, o Dia Nacional do Teste do Pezinho (6 de junho) é celebrado de forma especial este ano. A sanção da Lei nº 14.154, em maio, ampliou as doenças diagnosticadas no exame realizado pelo SUS. Atualmente, o teste do pezinho oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde identifica seis doenças raras. Com a nova lei, o exame terá capacidade de rastrear até 53 doenças.
A ampliação do teste entra em vigor em maio de 2022, de forma escalonada, dividida em cinco etapas. A cada etapa, serão incluídas novas testagens, priorizando as doenças de maior prevalência no país e para as quais já existam tratamentos no SUS.
Teste do Pezinho – Diagnóstico precoce aumenta chances de tratamentos adequados
O diagnóstico precoce pode mudar toda a vida da criança. Sem um tratamento adequado, ressalta a pediatra e neonatologista Iara Rocha Martins Souza, essas doenças levam a quadros clínicos graves, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e até ao óbito. Mas o que fazer se uma doença rara for diagnosticada no Teste do Pezinho?
– Um resultado alterado detectado no Teste do Pezinho não significa que a criança tenha a doença. Após o resultado, se realizado pelo SUS, o recém nascido será reconvocado a realizar exames complementares específicos para confirmar ou excluir a doença para qual a triagem veio alterada. Se o exame foi realizado em laboratório privado , a família deverá procurar o pediatra que acompanha a criança que, então, irá orientar a família e encaminhará o bebê para a realização desses exames – explica a médica.
O Teste do Pezinho pode identificar doenças genéticas, metabólicas, congênitas e infecciosas antes de elas se desenvolverem, por isso a necessidade e a importância de o exame ser realizado, de preferência, entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê.
– A identificação dessas doenças pelo Teste do Pezinho permite realizar o tratamento precoce e adequado ainda antes do aparecimento dos sintomas, tornando-o mais eficaz, evitando que essas crianças evoluam com sequelas físicas e intelectuais graves, muitas vezes irreversíveis e que possam ter uma vida muito mais próxima do normal, com saúde e qualidade de vida – destaca Iara Rocha.
A ampliação do Teste do Pezinho do SUS era uma reivindicação do Instituto Vidas Raras, que lançou a campanha Pezinho no Futuro. O teste é obrigatório e está entre os principais exames realizados em recém-nascidos.