Pré-natal inclui importante exame de imagem: ultrassom morfológico
Ver seu bebezinho ainda dentro da barriga costuma emocionar mamães e papais durante os exames de imagem do pré-natal. Mas estes exames não são para garantir um momento fofo em família. Tratam-se de importantes meios de avaliação da saúde do neném. E é sobre eles que vamos falar neste post que faz parte da série Pré-natal, do Quem Coruja.
– Toda grávida deve realizar, no mínimo, três ultrassonografias durante a gestação, algumas vezes quatro, se for realizado um ultrassom logo no início da gravidez. Mas cada gestação é diferente, e é o obstetra quem deve indicar quantos exames são necessários. A primeira ultrassom é para avaliar a idade gestacional bem no início (entre 6 e 12 semanas). Depois vem as ultrassonografias obstétricas morfológicas que são realizadas em dois momentos distintos da gestação: entre a 11ª e a 13ª semanas e entre a 20ª e a 24ª. Na ultrassonografia morfológica, com 20-24 semanas, é importante incluir avaliação do colo uterino para avaliar risco de parto prematuro. Por último a ultrassonografia com 36-38 semanas, para avaliação do crescimento fetal e do líquido amniótico – explica Lara Somma, ginecologista e obstetra da Perinatal.
Como a especialista ressalta, a quantidade e frequência das ultrassonografias podem variar de acordo com cada gravidez, mas as ultrassonografias citadas acima são as necessárias dentro de um pré-natal regular, sem problemas de saúde da gestante e do feto. Mas por que exames de imagem são tão importantes? É por meio das ultrassonografias que malformações fetais e algumas síndromes genéticas são diagnosticadas.
Ultrassom morfológico aponta síndromes genéticas e malformações
Há exames de imagem incluídos em todo pré-natal, inclusive da rede pública, como o ultrassom morfológico, e outros feitos a critério dos pais, como o ultrassom 3D e 4D. Nesses últimos, as imagens são bem mais nítidas (emocionando ainda mais mamãe e papai), mas são complementares e não substituem o ultrassom convencional. No exame morfológico feito entre a 11ª e a 13ª semanas, é realizada a translucência nucal (medida da região da nuca do feto), que indica o risco para síndromes genéticas, como a Síndrome de Down. O ultrassom morfológico realizado entre 20 e 24 semanas de gestação faz a avaliação de forma mais detalhada do feto, podendo identificar malformações fetais.
– O exame da translucência nucal é a ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre. Sendo assim, além de englobar a avaliação dos marcadores de aneuploidias (alteração de material genético), avalia a morfologia do feto, bem como placenta, líquido aminótico e colo uterino. A avaliação da translucência nucal não é obrigatória, já que um casal pode preferir não saber se seu filho tem o risco aumentado de ter alguma aneuploidia. Porém a ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre é preconizada em qualquer gestante e deve ser incentivada, pois já permite uma primeira avaliação da morfologia fetal. Além disso não é um exame invasivo e não traz nenhum risco para o bebê – diz Juliana Vargas, também ginecologista e obstetra da Perinatal.
Segundo Lara Somma, somente a ultrassom morfológica pode avaliar detalhadamente a anatomia do feto, com o intuito de diagnosticar ou descartar malformações fetais.
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Foto em destaque: Imagem de Rudy and Peter Skitterians por Pixabay