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Estudar pode ser divertido

Educadora fala sobre a importância da internet como ferramenta para o aprendizado

Você consegue lembrar de todos os conteúdos que aprendeu na escola, em uma aula comum, e que nunca mais utilizou? A jornalista e educadora Josy Fischberg, por exemplo, não faz ideia do que é logaritmo e para quê serve. Mas, na época aprendeu sobre isso na escola, fez as provas, passou de ano, e assim que não precisou mais, esqueceu. Para ela, o que a gente aprende brincando é o que a gente leva para o resto da vida, e a internet pode ajudar a tornar qualquer conteúdo mais interessante e divertido.

– Aquilo que aprendi sem perceber que estava aprendendo, enquanto me divertia, de certa forma ficou. Além disso, o carinho que você tem por temas que apareceram em bons momentos da vida, em momentos de diversão, é evidente. No meu caso, não lembro com carinho de lições de Física. Pelo contrário, eu sofria com isso! Acho que a percepção seria diferente se o método de ensino fosse outro. E a internet ajuda muito em tornar as coisas diferentes – afirma.

Segundo a educadora, a internet pode ajudar porque faz parte do dia a dia das crianças e dos adolescentes. Navegar na internet, para eles, é normal, legal e divertido.

– Uma vez que a gente usa uma ferramenta com a qual eles têm intimidade e da qual gostam muito, estamos fazendo a diferença no aprendizado. A sala de aula como a gente conhece, com carteiras enfileiradas, um único detentor do conhecimento (o professor) e silêncio total é que não faz muito sentido no mundo em que a gente vive.

Josy sugere um ambiente que possibilite a troca de informações entre todos, pois os alunos também têm conhecimentos e podem ensinar o que sabem para os outros, inclusive para o professor, com ferramentas que vão além do quadro negro e dos livros didáticos, incluindo a internet.

– Este é o tipo de sala de aula em que eu gostaria de estudar e dar aula. Para juntar tudo isso num ambiente só é preciso também que as escolas, de modo geral, se organizem. Disponibilizem as ferramentas (lousa digital, computadores, tablets) e ajudem os professores no uso dessas ferramentas. Porque não adianta dar o material e não ensinar como se usa. Mas isso ainda está longe de ser realidade – lamenta.

A educadora lembra também que é possível fazer a diferença em sala de aula mesmo sem as ferramentas digitais.

– Criando atividades que surpreendam, como jogos, peças de teatro, filmes… Fazendo com que o conteúdo se aproxime do nosso dia a dia e não pareça algo que só existe nas lições daquela disciplina. Os elementos químicos, por exemplo, não existem só na tabela periódica. Eles estão nos nossos alimentos, nas nossas roupas.

Josy, que se diz a ‘maior fuxicadora de internet’, descobriu que a web pode ajudar a repensar práticas educacionais. É só saber onde buscar, garante ela. No site ‘Pode ser divertido’, a educadora compartilha com pais e professores algumas ideias de atividades que podem ser feitas em casa ou em sala de aula encontradas em suas andanças virtuais. Clique aqui para conhecer algumas dicas.

Em casa, Josy orienta que os pais fiquem ao lado dos filhos e naveguem com eles pela web para conhecer seus gostos e interesses.

– Navegar na internet junto com o filho é uma delícia, pois não só as crianças descobrem e aprendem, mas os adultos também. E passam a conhecer melhor seus filhos, pelos seus gostos e interesses.

Ela lembra que algumas regras básicas precisam ser respeitadas.

– Muitos sites e redes sociais têm classificação etária. Respeite e ensine seu filho a respeitar isso também. Se a página indica que conteúdo é impróprio para menores de 14, 16, 18, há um motivo para isso. Para aqueles sites que não têm essa informação explícita, a dica é que o adulto navegue antes, preste atenção ao que tem na página, perceba se seu filho tem idade adequada para o que está lá.

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