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O valor da alimentação

A nutricionista Gabriela Kapim fala da importância de refeições saudáveis para as crianças

Algumas crianças dão trabalho quando o assunto é comida. Não aceitam determinados alimentos – geralmente os mais nutritivos – e adoram comer doces. Sim, existem muitas crianças assim, mas adultos também. A educação alimentar depende do exemplo da família, diz a nutricionista Gabriela Kapim, apresentadora do programa “Socorro! Meu filho come mal”, exibido no GNT.

– Depende da importância que a alimentação tem para cada família. Não consigo entender como os pais dão a mão aos filhos pequenos para atravessar a rua, e não têm o mesmo cuidado com a alimentação deles. Se o risco de atravessar a rua sozinho é ser atropelado, uma alimentação errada pode causar doenças – avalia Kapim.

Há dez anos trabalhando com crianças, e mãe de Sofia, de 8 anos, e Antônio, 6, ela não tem dúvidas de que a alimentação é influenciada pelos adultos. O gosto existe e é bastante pessoal, mas os pequenos só vão saber se gostam ou não de algo se o provarem. Até sem querer, os pais podem prejudicar a descoberta dos sabores.

–  Muitas vezes, a gente bloqueia um instinto, achando que a criança não vai gostar de algo. Ou não oferecemos ou dizemos “você não vai gostar disso” – alerta a nutricionista.

O equilíbrio é fundamental. Carnes, legumes, vegetais, frutas, grãos. Tudo precisa estar presente, de forma balanceada, no dia a dia da criança. E no caso de birra, é preciso insistir. A criança não pode simplesmente não comer. Outro cuidado importante, segundo a nutricionista, é o limite. Doces, por exemplo, devem ser ingeridos com moderação.

– O doce é um sabor que domina todos os outros. Se você está tomando um delicioso suco de maracujá e come um pedaço de torta de chocolate, não vai achar o suco mais tão delicioso. Crianças que comem muito doce tendem a não sentir prazer com outros sabores – diz.

É importante também que a criança saiba como os alimentos são necessários e que benefícios eles trazem à saúde.

– De forma natural, sem rigor, castigo ou bronca – diz Kapim, que só é radical com dois tipos de produtos. – Na minha casa, refrigerante é proibido aos meus filhos. Refrigerantes e salgadinhos com cara de isopor.

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