Educação

Sem medo das provas finais

Na busca por boas notas, o mais importante é aprender. E ainda é tempo

Fim de ano chegando e, com ele, muita ansiedade neste período de provas finais nos colégios. Ansiedade que é ainda maior para aqueles que precisam garantir determinada nota ou número de pontos para “passar direto”, sem a temida recuperação (reavaliação final).

Manter um bom desempenho escolar durante todo o ano letivo é, sem dúvida, a melhor maneira de encarar sem muito estresse as avaliações finais. Mas é comum ter algum tipo de dificuldade, e o fato de não ter obtido boas notas antes não impede o aluno de se recuperar agora.

– Prova final e recuperação (ou reavaliação) devem ser encaradas como mais uma chance, ou seja, mais uma oportunidade real que o estudante tem de tentar recuperar o que, de certa forma, ficou pendente ao longo do processo de aprendizagem. Afinal, sabemos que cada um tem o seu momento, o seu tempo. Logo, nada deve ser visto como um bicho-papão – diz Marília Victorino Cerqueira, professora de Língua Portuguesa e Redação.

Segundo ela, a família pode ajudar bastante neste momento, incentivando não só o estudo, mas o conhecimento; mostrando à criança ou ao adolescente a importância do aprendizado, do saber. Castigos e recompensas por boas notas, diz a professora, não são as melhores maneiras de ajudar no processo.

– A meu ver, o papel da família, nesse momento, é o de incentivar. Afinal, esse é um período em que o estudante pode sentir-se desmotivado e o emocional afetar ainda mais o seu desempenho. Não acredito que castigos sejam a solução para o problema, mas também não vejo recompensas com bons olhos. Acredito que o elogio e o reconhecimento pelo empenho, pela disciplina e pela dedicação já sejam o suficiente. Afinal, quando o estudante compreender que o que está, realmente, em questão não são pontos nem nota, mas sim o aprendizado para vida, a educação passará a ter mais sentido para ele – avalia.

Ter dificuldade em determinada disciplina não é motivo para desespero ou razão para se sentir menos capaz. E nada de desistir por achar que não dá mais tempo de recuperar.

– Nesse período, a fim de que crianças e adolescentes recuperem o seu rendimento escolar, o ideal é contar com o acompanhamento de um profissional especializado e capacitado naquela determinada disciplina em que o estudante apresentou dificuldade. Acredito que somente um profissional com esse perfil poderá, de fato, detectar o foco do problema e auxiliar o aluno no que for necessário – diz a professora.

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