A febre é mais comum em crianças porque elas não nascem com imunidade plena ou sistema imunológico formado e funcionando a pleno vapor.
– Nos primeiros dois anos de vida, a criança combate infecções com os anticorpos herdados da mãe e que passaram via placenta e leite materno. A medula óssea da criança só passa a produzir as defesas necessárias, chamadas de anticorpos, por volta dos quatro a seis anos de idade. No período de transição, dos dois aos quatro anos, fígado e baço assumem em parte este papel. Por isso crianças são mais propensas à aquisição de infecções e, consequentemente, de ter febre – explica Jeanne Oiticica.
A partir de 37,3ºC, a recomendação é entrar em contato com o pediatra e agendar um atendimento para o mais breve possível. No entanto, como isso nem sempre é possivel de imediato, é importante baixar a temperatura da criança até que o médico consiga vê-la.
– Isto pode ser feito removendo parte da roupa da criança com o intuito de promover um resfriamento do corpo ou até mesmo dando um banho em água à temperatura ambiente. Os antitérmicos também podem ser usados (dipirona, ibuprofeno, paracetamol, dentre outros) e devem ser administrados de acordo com o peso corporal.
Os pais devem seguir as orientações do pediatra. É pouco comum a febre não ceder após todas essas etapas listadas acima. O pronto-socorro deve ser sempre a última opção, já que é um setor do hospital onde se presta socorro médico para atender pacientes em estado de urgência ou emergência. Mas é a opção em caso de febre muito alta e que não cede com antitérmicos.
– Urgência é quando há uma situação que não pode ser adiada e que deve ser resolvida rapidamente pelo risco até mesmo de morte. Já a emergência é quando há uma situação crítica que exige cirurgia ou intervenção médica imediata. Portanto, caso a febre seja muito alta (acima de 39 – 40ºC) e não ceda com as medidas anteriormente citadas, sim, trata-se de uma urgência pelo risco inerente de convulsão febril – alerta Jeanne Oiticica.