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Protetor solar e repelente: uso em crianças

Pediatra dá dicas sobre proteção solar e uso de repelentes em bebês e crianças

A estação é linda, convidativa, alegre. Mas o verão exige cuidados redobrados com a pele, principalmente a de bebês e crianças. A exposição ao Sol entre 10h e 16h não é indicada e mesmo fora desses horários recomenda-se cautela. Confira as dicas da pediatra especialista em Alergia e Imunologia Felícia Szeles para a proteção solar adequada.

– Para bebês de até seis meses não existe nenhum produto seguro no mercado atualmente. Por isso, devem ser expostos com cautela, nunca diretamente e sempre antes das 10h e depois das 16h;

– Dos seis meses aos dois anos, as crianças devem usar produtos específicos com a indicação “baby” no rótulo e nunca ficar exposto diretamente ao sol entre 10h e 16h;

– A partir dos três anos, os filtros infantis são os mais indicados. A não exposição entre 10h e 16h deve ser mantida e o protetor deve ser reaplicado após contato com a água ou suor;

– Sempre usar FPS 50 ou superior;

– Mormaço também queima, por isso é necessário usar protetor mesmo na sombra ou em dias mais nublados;

– Potencialize o cuidado com proteção mecânica: chapéus, bonés, roupas com proteção UV e óculos de sol próprios para criança;

– Não economize na quantidade de produto e lembre-se de passar nas orelhas, mãos e pés;

– O produto precisa de cerca de 20 minutos para ser absorvido pela pele, portanto, nada de ir para o sol, praia ou piscina antes desse tempo;

– Hidratação é fundamental para esses dias quentes. Por mais protegida que a pele está por fora, é preciso manter o nível de hidratação para evitar queimaduras;

– Use protetor diariamente – não apenas quando for para praia e piscina – e principalmente em atividades ao ar livre.

Dicas para uso adequado de repelentes em bebês e crianças

É também no verão, por conta das altas temperaturas e a grande quantidade de chuvas, que aumenta a proliferação de mosquitos. O uso de repelentes ajuda a proteger a pele, mas também é preciso ter cuidados especiais na utilização desses produtos em bebês e crianças. Abaixo, as orientações de Felícia:

– Nos três primeiros meses não é indicado o uso de repelentes, mesmo os específicos para uso infantil. Além de reações alérgicas na pele sensível do recém-nascido, há também um risco de intoxicação. Nesses casos, sempre indico usar telas protetoras de mosquitos na casa, berço e carrinho;

– A partir dos três meses, o bebê já pode começar a usar alguns tipos de repelentes indicados para sua faixa etária, que é novidade no mercado que antes só tinha produtos a partir dos seis meses. Mas é importante sempre ter orientação do seu pediatra de confiança;

– Nem todos os repelentes são eficazes contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zyca, entre outras doenças. Para esses casos, o mais indicado é produtos à base de Icaridina, que costuma ser o mais seguro entre as opções atuais do mercado. No Brasil, a concentração de Icaridina nos repelentes varia de 20% a 25%, sendo que a concentração mais baixa costuma ser indicada para crianças a partir de dois anos – mas só um pediatra ou alergista poderão te assegurar disso. Prefira produtos em gel ou loção para os pequenos. Os em spray podem ser inalados e causar reações alérgicas e até intoxicação;

– O repelente deve ser aplicado nas áreas expostas, nunca embaixo da roupa, sendo que mãos e rosto devem ser evitados;

– Usar repelente de forma inapropriada, é muito arriscado para a saúde do bebê. Vale lembrar que um pediatra é sempre o melhor profissional para indicar para os pais a melhor forma de proteção, levando em consideração o histórico da criança, se tem alergia ou não, entre outros fatores.

 

Imagem em destaque: Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay

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