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SBD faz live no Cristo Redentor pelo Dia Mundial da Psoríase

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza nesta quinta, 29 de outubro, uma live especial, diretamente do monumento do Cristo Redentor, em ação de conscientização e esclarecimento pelo Dia Mundial da Psoríase.  A doença, não contagiosa, é mais comum em jovens, mas pode ocorrer também em crianças. A live será transmitida pelo canal do YouTube da SBD (SBDONLINE).

O dermatologista Ricardo Romiti, coordenador da Campanha Nacional de Psoríase da SBD, esclarece sobre a doença e cuidados.

Quem Coruja – O que é psoríase e como se manifesta?
 Ricardo Romiti – A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, não contagiosa, que afeta diretamente 2 milhões de pessoas no Brasil e pode acometer todas as faixas etárias. A prevalência da psoríase na população brasileira é de aproximadamente 1,3 % e as lesões geralmente iniciam no adulto jovem, mas podem também ocorrer em crianças e idosos, sem distinção quanto ao gênero. No geral, a psoríase em placas ou vulgar (90% dos casos) acomete preferencialmente o couro cabeludo, cotovelos, joelhos e o dorso e se manifesta através de lesões avermelhadas e elevadas cobertas por escamas esbranquiçadas que se desprendem com facilidade da pele se espalhando pelo vestuário, roupa de cama e objetos de contato diário como pentes de cabelo e escovas. Coceira e dor associada a rachaduras na pele são os principais sintomas. As lesões também podem acometer outras áreas específicas, como as unhas (ungueal), mãos e pés (palmoplantar) e articulações (artropática ou artrite psoriásica). Outras variantes incluem lesões com pús (pustulosa), aquelas que se espalham por todo corpo (eritrodérmica) e lesões em gotas na qual múltiplas lesões pequenas e em formato de gota também se espalham pelo corpo (gutata).

Quem Coruja – Tem cura?
Ricardo Romiti – A psoríase é uma doença que ainda não tem cura, porém é possível tratar essa dermatose de maneira muito satisfatória obtendo controle completo ou quase completo de seus sinais e sintomas.

Quem Coruja – Quais os tratamentos mais comuns?
Ricardo Romiti – A escolha das medicações é feita pelo dermatologista, tendo em vista o tipo e a extensão do quadro e a sua gravidade, podendo ir desde tratamento tópicos com pomadas e cremes de efeito anti-inflamatório até terapias sistêmicas com medicamentos orais, fototerapia e os mais novos medicamentos injetáveis (imunobiológicos ou biológicos).

Quem Coruja – Qual é a incidência em crianças? Na infância, também pode estar associada ao estresse?
Ricardo Romiti – A incidência em crianças é menos de 1% da população mundial. Há poucos estudos a respeito, mas na prática períodos de estresse ou ansiedade podem levar a uma piora do quadro.

Quem Coruja – Qual a diferença entre psoríase e dermatite atópica em crianças?
Ricardo Romiti – Ambas são doenças inflamatórias crônicas e recorrentes da pele mas enquanto a dermatite atópica é mais comum em crianças e atinge as áreas flexurais da pele, a psoríase geralmente se inicia no adulto jovem e acomete principalmente as áreas extensoras da pele, couro cabeludo e unhas.

Quem Coruja – É comum surgir em gestantes?  O tratamento pode ser feito durante a gestação?
Ricardo Romiti – A psoríase classicamente tende a melhorar durante a gestação mas pode se agravar no período pós-parto. Nos raros casos de piora na gestação, o tratamento mais indicado deve ser discutido com o médico dermatologista. Muitos tratamentos tópicos, bem como a fototerapia, quando indicados da forma correta, podem ser realizados em gestantes e nutrizes.

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