Carrossel Coruja Família

Vovós e netinhos na pandemia

Dia dos avós – Matando saudades após o isolamento

Colinho de vó, abraço de vô. É tão bom quando as crianças podem receber esses carinhos. Por conta da pandemia, muitas famílias evitaram os contatos físicos entre avós e netos. Mas com a chegada da vacina, estão retomando a proximidade. 

É o caso de Gloria Maria Paes de Oliveira, 67 anos, que passou meses sem encontrar os netos e só este mês pegou no colo a bisneta Antonella, que completou seis meses de vida. 

– Para mim, foi duro porque meus netos estavam sempre na minha casa, inclusive para dormir. Acho que não passava um fim de semana que não tivesse um neto que não fosse à minha casa ou eu fosse à casa de um deles. Durante meses, fiquei realmente sem vê-los. Algum tempo depois, via da sacada do apartamento, algumas poucas vezes nos encontramos em área livre, mesmo assim sem poder tocar, sem poder beijar.  Agora, imunizada com as duas doses, embora saiba que tenha que tomar certos cuidados, fico muito feliz por voltar a estar com eles”  – conta. 

Gloria em passeio com netos e bisneto depois da vacina

A mesma felicidade vivida por Sueli Arnaut da Costa, 78. A família também preferia manter o contato virtual para protegê-la.

– Sou uma avó muito feliz, sempre tive um relacionamento maravilhoso com minhas netas. Durante a pandemia, para mim foi muito difícil , pois não podia sair de casa para nada. Agora depois de tomar as duas doses da vacina, foi maravilhoso. Sábado passado (24/7), fui passar a tarde com minha filha e minhas netas , foi uma tarde maravilhosa que acabou se estendendo pela noite. Agora, graças a Deus, estou mais alegre. Minhas netas são muito carinhosas, ficamos todo tempo juntos batendo papo, lanchando, o que renovou a minha alegria. Meus netos são tudo para mim. Agradeço a Deus pela minha família! – celebra Sueli.

Sueli no reencontro com as netas depois de imunizada

Dia dos avós – O convívio com os avós faz bem para as crianças 

De acordo com a psicóloga Helena Aguiar, da Perinatal/ Rede D’Or, poder conviver com avós é um verdadeiro privilégio para as crianças. “Elas tendem a se sentir mais amadas e seguras. Também podem conhecer mais sobre as gerações anteriores da família e sobre questões culturais”, explica.

O mesmo vale para os avós, principalmente, para os mais idosos, avalia a geriatra Daniele Aguiar Lima, em Vovós e netinhos: relação saudável: “É muito bom esse contato intergeracional. Os idosos normalmente melhoram sua autoestima e seu humor ao terem um novo ‘objetivo, significado’ para sua vida”.

A pandemia continua exigindo cuidados, mas a psicóloga Helena reitera algo que ficou muito claro durante o isolamento: a relevância que nossos avôs e avós têm em nossas vidas. “Estamos vivendo um momento muito difícil, mas isso vai passar! Que a gente possa tirar algo positivo de tudo isso, que cada um possa descobrir outras formas de se relacionar e que mesmo de longe (quando for preciso a distância), a gente possa se fazer presente. Que os avós tenham certeza da importância que possuem para seus filhos e seus netos”, avalia. 

Foto em destaque: banco de Imagem/Perinatal

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